Pois é, The Wrong Side of Right é o livro de estreia da Jenn Marie Thorne e eu quis ler basicamente porque foi indicado pela Amazon para quem havia se interessado por Minha Vida Mora ao Lado. E eu raramente duvido da Amazon porque o nosso amor é forte e ela me entende!
Então comprei sem medo.
Sinopse: Os fãs de Sarah Dessen e Huntley Fitzpatrick vão adorar esse inteligente debut, em partes como Minha Vida Mora ao Lado e O Diário da Princesa. A mãe de Kate Quinn morreu inesperadamente no ano passado, deixando Kate apreensiva. Mas quando o completamente inesperado aparece em sua sala de estar, Kate precisa confrontar outra reealidade que ela nunca pensou possível -- ou pensou de qualquer forma. Mudar-se para a politicamente poderosa família que ela nunca soube que tinha, juntar-se a uma campanha presidencial em suporte a um homem que mal conhece e se apaixonar pelo filho rebelde que pode não ter o mais puro dos motivos -- isso é a nova vida de Kate. Mas quem é Kate? Quando tudo no que ela verdadeiramente acredita foge diante dos pontos de conversa da campanha, Kate precisa decidir. Ela se volta para a família que mal conhece, para o garoto que ela conhece, mas não necessariamente confia, ou a uma terceira opção, ainda mais assustadora?Escrito contra um pano de fundo de política e conflitos familiares, essa é uma história sobre responsabilidade pessoal, deliciosos e complicados romances, e tentar descobrir quem você é quando todo mundo está dizendo quem você deveria ser.A história da Kate foi bem bacana. É um pouco mais densa do que eu esperava e embora eu tenha me frustrado com algumas atitudes dela, a autora construiu personagens bastante humanos e coerentes, seus sentimentos, reações e a maneira de lidar com tudo a sua volta foi bem linear e não percebi contradição -- e isso significa que ela fez um bom trabalho em escrever personagens que você não vai, necessariamente, amar, mas vai entender.
Kate Quinn era só uma colegial que havia perdido a mãe em um acidente de carro um ano atrás e mudado da California para a Carolina do Sul para morar com os tios. Desde então Kate precisa lidar com o luto e aprender a viver sem a mãe nessa nova vida.
Mas tudo se complica ainda mais quando um artigo é publicado no New York Times e ela descobre que é a filha ilegítima de Mark Cooper, o candidato republicano na campanha eleitoral para presidente.
Passando o verão com os Coopers enquanto eles fazem campanha pelo país, Kate vê uma oportunidade de tornar-se parte da família e se agarra a isso com unhas e dentes.
Além de ter que se acostumar com uma madrasta que achava que a traição do marido havia ficado para trás e dois irmãos pequenos, Kate também assume a posição de figura pública, tornando-se a melhor ajudante que o pai poderia desejar para alavancar sua candidatura.
Me emocionei diversas vezes onde a Kate viu os Coopers interagindo em família e sendo ignorada. Não me leve a mal, eu amei muito a Meg e o Gabe (a madrasta e o irmão dela), mas por vezes eles esquecem que ela está ali, como quando não a incluem nas conversas na mesa de jantar ou nem mesmo a veem sair de casa.
Foi triste ver que ela estava se empenhando tanto e anulando suas próprias opiniões para poder fazer parte daquele mundo e muitas vezes sentir que ela era desejada apenas como parte da campanha e não da família real.
Especialmente quando envolvia o pai dela, que por muito tempo ela se refere como Senador. Porque ele nunca estava presente e nas poucas vezes em que se fez presente, foi para gritar com a Kate. E devo admitir que me subia o sangue quando ela não respondia, e mesmo quando ela responde, em uma discussão em LA, eu ainda fiquei frustrada porque queria que ela tivesse jogado um monte de merda em cima dele -- porque ninguém me manda calar a boca quando eu não fiz nada!
Há momentos muito tristes, principalmente quando todo mundo acusa a Kate de ser egoísta. Desde o momento em que ela chega na vida dos Cooper, a Kate coopera com a campanha fazendo tudo que eles pedem para ela fazer. Mas para a Kate aquilo não é um trabalho, é a família. Ela faz porque faz parte da família e quando isso acaba interferindo na vida da melhor amiga dela, Kate começa a se rebelar. Quando se recusam a ajuda-la, Kate procura por ajuda onde pode sem se importar com o que isso vá fazer com a campanha.
E é ai que tudo começa a desmoronar, que a Kate começa a perceber qual era a real posição dela naquela família e que as respostas para suas perguntas jamais chegariam se ela não perguntasse.
O livro também traz um romance bem fofo entre ela e o Andy, o filho do presidente -- o que faz com que eles sejam, teoricamente, inimigos mortais. Mas o Andy entende e vê a Kate, ele é o único que pode entender o que ela está passando com a campanha e ter esse suporte por parte dele faz uma grande diferença para ela.
Temos um ponto de virada bem clichê na história, mas eu gostei bastante. Se encaixou muito bem. A história é bonita, os sentimentos de aceitação e os desejos da Kate são universais e, por tanto, bastante relacionáveis.
Se você entende inglês eu indico muito mesmo! Não é uma história onde a protagonista perde a identidade em meio a identidade do romance, na verdade, é um livro sobre se encontrar e sobre se posicionar frente ao que você acredita; sobre aprender a confiar e amar as pessoas que você deveria amar automaticamente quando nasce. Vai fundo, gente!
Título original: The Wrong Side of Right
Autora: Jenn Marie Thorne
Editora: Dial
Gênero: YA - romance
Nota: 5
Compre em: Buscapé
Que livro lindo!
ResponderExcluirAs indicações da Amazon são sempre A+
Cara, isso me lembra que nem terminei 'Minha vida mora ao lado' ):
Amei a resenha Bibs.
Beijão
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http://surtandocompalavras.blogspot.com.br/
Oi Bibs,
ResponderExcluirAdorei a história do livro, a premissa, as personagens e os porquês da história. O que acho legal dos YA americanos, que raramente são publicados no Br, é essa forma de inovar a história, diferenciar e tornar tudo meio engraçado e meio trágico ao mesmo tempo. Tem vários livros americanos super bons e divertidos, que não vêm pra cá, por isso super apoio comprar de lá e ler em inglês mesmo (tenho alguns e preciso de tempo mas vou ler também)!
Adorei a resenha, supeeeerr leria este livro num momento mais light, é ideal e fiquei curiosa pra ver como a Kate vai levar a vida com tudo mudando, a correria da campanha e sua 'paixão' pelo Andy!
Parece ser um livro interessante, mas não sei se leria no momento, até porque não leio em inglês.
ResponderExcluirÓtima resenha.
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