Resenha: Dark Swan - Filha da Tempestade - Queria Estar Lendo

Resenha: Dark Swan - Filha da Tempestade

Publicado em 4 de dez. de 2012

Resenha: Dark Swan - Filha da Tempestade

Confissão das confissões: eu só li Dark Swan - Filha da Tempestade, de Richelle Mead, porque eu ganhei em um concurso da Editora Agir (junto com mais outros três livros) e só pedi ele, porque a Eduarda insistiu que eu tinha que ler. E as vezes sinto medo de como ela sabe o que vou ou não gostar, mesmo.

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Quando eu comecei a ler Dark Swan - Filha da Tempestade, fiquei meio dividida entre gostar e não. Uma parte de mim ficava gritando e pedindo que aparecesse algum vampiro fodão pra fazer a história valer a pena (resquícios de Adaga Negra, eu juro) e outra parte não conseguia parar de achar tudo lindo e pensar em como ninguém tinha me mostrado aquilo antes.

Meu apego com as fadas surgiu quando eu li Imortal – Histórias de Amor Eterno e morri com o conto da Rachel Vicent, Farra. Mas na obra de Richelle Mead, eles são apresentados bem diferentes do que eu tinha visto até então.

Os iluminados ou Nobres, como eles são chamados pelos xamãs humanos, são criaturas reclusas a um Outro Mundo, aprisionados pelos humanos e considerados ambiciosos, perigosos e malvados. E só isso bastou para que eu já me apaixonasse pelas criaturinhas do outro lado - não que todos os elementares e outras criaturas mágicas que apareciam aporrinhando a Euginie fossem legais, mas gente, tem o Dorian e pra ser bem sincera, eu gostava do Aeson. 

Em Filha da Tempestade, primeiro de quatro volumes, somos apresentados a Euginie Markham, uma forte xamã humana que ganha a vida expulsando criaturas do Outro Mundo que aparecem para assombrar e atrapalhar a vida de humanos leigos no assunto.

Em seu trabalho, Euginie usa o nome Odile, como a cisne negro do ballet Lago dos Cisnes – daí o nome da saga – e a história começa de verdade quando ela descobre que criaturas do outro mundo estão descobrindo seu nome verdadeiro. E isso a põe em perigo.

"Ai meu Deus, eu estou presa na droga das Crônicas de Nárnia." 
"Tenho certeza que seria uma referência divertida, se eu pudesse entender."

Descobrir que os Iluminados sabem seu nome é apenas a ponta do iceberg, enquanto ela tenta descobrir como isso aconteceu e ao mesmo tempo resgatar Jasmine, uma menina humana que foi sequestrada por um rei fada cruel – Aeson, que eu preciso dizer: é um nome muito Targaryen.

Assim, Euginie acaba desenterrando mais coisas do seu passado e do de sua mãe do que gostaria.

Achei a história da Euginie um pouco previsível - em relação ao passado dela, pelo menos –, mas essa é a única parte que posso dizer que pude prever. 

Euginie é toda forte e determinada, e me lembrou uma Rose – Hathaway, personagem da serie Academia de Vampiros, da Mead – mais velha e sem os problemas familiares. Ela é engraçada e bota pra quebrar. Ela me deixou rindo muito em alguns momentos.

Kiyo, para mim, foi uma surpresa do começo ao fim, assim como um mistério. Eu não consigo entender ele, os propósitos dele e tenho certeza que ele não é o que parece – e preciso me lembrar que ainda tem mais 3 livros pra ele mostrar de verdade quem é.

Tenho um pouco de medo de quão importante ele pode vir a se tornar e isso tem muito pouco a ver com o fato de eu não gostar dele e amar o Dorian.

Ouvi dizer que a alma reconhece a verdade quando escuta, mesmo que a mente não o faça.

Dorian é um rei das fadas e governa uma terra onde é sempre outono. Ambicioso, sincero e engraçado - embora isso se deva muito a sinceridade dele. No primeiro momento em que ele foi mencionado no livro já shippei Euginie/Odile e Dorian, mas sou uma pessoa que shippa pau com pedra quando a história permite, então sou meio duvidosa. 

E, por alguma razão, eu confio mais nele do que no Kiyo ou até mesmo na Euginie.

Logo de cara já é bem perceptível o triângulo amoroso que vamos enfrentar nos próximos três livros - que eu prometo, serão lidos durante essas férias - com Kiyo, Euginie e Dorian. E, para mim, eles já chegam exigindo que você escolha um lado. 

Particularmente, sou fã dessa luta de caráter dos personagens entre distinguir o que é bem e o que é mal, o correto e o errado e, na minha opinião, essa é a principal barreira que a Euginie enfrenta ao se envolver com Kiyo e Dorian. 

Dorian é um iluminado por completo, mas Kiyo é apenas metade, e isso cria uma empatia maior entre ele e a Euginie, que foi criada para acreditar que os iluminados eram monstros. Gosto de acreditar que, a medida em que Euginie conhece mais o Outro Mundo, ela irá passar a ver a dualidade dos personagens e a enxergar tons de cinza ao invés do preto e branco que viu a vida inteira.

A História é assim. Existem guerras e, infelizmente, no fim, quem ganha e quem perde importa mais do que quem estava certo ou errado.

Sendo assim, aposto na habilidade de Richelle Mead de humanizar os personagens de Filha da Tempestade, mostrar defeitos e qualidade e não definir vilões e mocinhos.

E depois de dizer tudo isso, acho que posso mencionar que o livro é da coleção adulta da autora. Ou seja, esperem cenas explicitas. Diferentemente do que o mercado literário mundial vem consumindo ultimamente, Dark Swan traz uma história com começo, meio e fim e que, por um acaso, tem algumas cenas quentes que nos fazem suspirar - ai, ai, Dorian e as fitas de seda.

De modo geral, Filha da Tempestade é uma fantasia new adult deliciosa de ler, com personagens divertidos, interessantes e bem construídos - inclusive os coadjuvantes, como a assistente e o colega de quarto de Euginie. Uma leitura gostosa para quem adora essa vibe de feéricos.

Sinopse: Eugenie Markham foi contratada para resolver um novo caso: o rapto de uma adolescente. O problema é que a menina não está presa no mundo dos humanos: ela foi levada para o Outro Mundo, habitado por nobres, criaturas mitológicas e almas perdidas, um lugar desconhecido e traiçoeiro. Mas Eugenie é uma poderosa xamã e já está mais do que acostumada a combater espíritos. Antes de fazer essa perigosa transição, ela acaba conhecendo Kiyo, por quem fica atraída de forma incomum. Após uma noite tumultuada e excitante, seus sentimentos estão confusos. Sem conseguir tirá-lo da cabeça, mesmo depois de dias, Eugenie parte para o Outro Mundo. O que era para ser uma missão breve e tranquila se torna uma grande reviravolta em sua vida. Contra a vontade, ela percebe que está cada vez mais conectada ao mundo que sempre odiou e também aos nobres — em especial a Dorian, um rei sedutor e ambicioso. Mas seu corpo ainda deseja Kiyo, e ela se vê mergulhada num ardente triângulo amoroso. 

Título original: Dark Swan, vol. 1 - Storm Born
Autora: Richelle Mead
Tradutora: Dênia Sad
Editora: Agir
Gênero: Romance sobrenatural - erótico
Nota: 4
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