Fênix: a ilha, livro escrito por John Dixon e publicado aqui no Brasil pela editora Novo Conceito, foi mais uma das aquisições da Bienal de SP. Também foi inspiração para a série Intelligence, mas vale ressaltar que as histórias são bem diferentes pelo que vi da série. De início, a temática me chamou bastante atenção: uma ilha para qual os delinquentes e desajustados eram mandados para serem “melhorados pelo treinamento militar”.
Sinopse: Sem telefone. Sem sms. Sem e-mail. Sem TV. Sem internet. Sem saída. Bem-vindo a Fênix: A Ilha. Na teoria, ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais. Carl Freeman sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões. Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são perversos?
Embora não seja muito semelhante, a descrição me lembrou muito de Jogos Vorazes. Vários adolescentes confinados que não foram de livre e espontânea vontade para aquele local. No caso de Fênix, todos os adolescentes da ilha são órfãos e foram condenados a irem para ilha até os 18 anos, caso contrário, seriam julgados como adultos.
O
personagem principal da nossa história é o Carl Freeman; ele perdeu a mãe para
o câncer e o pai era policial e foi baleado em serviço. Depois da perda, ele
ganhou várias passagens de casa em casa em todos os cantos dos EUA e um
histórico bem extenso de agressões a outros garotos, sempre valentões (os famosos bullies).
Devido a esse “pavio curto”, um juiz recomendou que ele fosse treinar boxe e
ele se tornou um excelente pugilista, porém isso não ajudou a minimizar as
agressões e a reincidência do acontecimento levou ele para a ilha Fênix.
Com exceção
de Carl, nenhum dos outros personagens é mais explorado. Na ilha Fênix ele
conhece o sargento Parker, com o qual tem uma inimizade logo de início, o
que complica a vida dele; também conhece o Ross e a Octavia, ambos amigos de
Carl e leais a ele, mas além disso, eles não são muito explorados.
O
acontecimento que causa o desenrolar do livro é quando Carl encontra um diário de
um outro campista que diz que algo de muito errado acontece naquela ilha e que
nada é como realmente parece no início. Com o passar das fases, adolescentes morrem,
torturas são realizadas e Carl começa a fazer questionamentos a si mesmo sobre o lugar. Por que todos os adolescentes são órfãos? Por que pouquíssimas pessoas
no país falam da ilha se todo mês vai uma turma de desajustados? Essas
perguntas são respondidas em uma avalanche de informações e acontecimentos.
Podem me bater por trás e me espancar enquanto estou inconsciente e me trancar nessa jaula, mas não podem me mudar.
Outro
personagem importante para a trama, porém também pouco explorado é o Stark, o
comandante da ilha Fênix que surge depois da metade do livro e é quem faz tudo
acontecer, aparentemente. Além de um militar durão, inteligente e com um
julgamento questionável, não há nada dele que eu possa colocar aqui como
característica de personalidade.
- Apesar da monstruosidade dele, ele não é tão diferente de você.
- Não é tão diferente de mim? O cara é doido.
- Vocês dois são indivíduos de imenso talento... mas nasceram no lugar errado, no momento errado.
Foi bem
angustiante para mim ler um livro com um treinamento militar pesado, diversas
torturas e injustiças. De verdade, foi doloroso e eu só queria que acabasse
tudo bem e todos pagassem pelas atrocidades. Assim como um lampejo de esperança
era dado, ele era tomado algumas páginas depois. Escrevendo a resenha agora e
revivendo alguns dos acontecimentos do livro está sendo doloroso em dose dupla.
De modo
geral, o livro é bom, a narrativa é fluida, apesar de começar a acontecerem as
coisas lá pro meio e final do livro. Os capítulos não são longos, o que me agrada
muito e as ilustrações de árvore em cada capítulo e os galhos no fim da página são
bem agradáveis e combinam muito bem com a temática.
Se você procura um livro para matar a saudade de Jogos Vorazes, é uma boa leitura, mas não espere que aconteça uma rebelião nesse volume. Tem uma
continuação, chamada “Devil’s Poket”, mas sem previsão de vir para o Brasil.
Título original: Phoenix Island
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Oi Raquel, eu não tenho muito estômago para livros assim, acho bem pesado ler cenas de torturas e tb não sou tão mega fã de Jogos Vorazes, vou deixar passa rsrsrsrs
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oii Raquel
ResponderExcluirOlha que realmente deu saudade de Jogos Vorazes, gostei de conhecer melhor esse livro, gosto de capitulos mais curtos, rápidos, pra mim a leitura flui melhor. Vou anotar na lista
Beijos
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