Resenha: Desencontros à beira-mar - Queria Estar Lendo

Resenha: Desencontros à beira-mar

Publicado em 28 de mai. de 2020

Resenha: Desencontros à beira-mar

Mais um livro do selo Romances de Hoje da editora Arqueiro, que já comentamos por aqui. Dessa vez é Desencontros à beira-mar, da autora Jill Mansell. Foi o primeiro livro que eu li da autora e vem ver o que eu achei.

Sinopse: O amor está no ar na pequena cidade litorânea de St. Carys – mas à primeira vista nem dá para saber, pois seus habitantes são mestres em esconder os próprios sentimentos. Após perder a hora, Clemency é a última a entrar no avião, frustrando os planos do belo passageiro que esperava viajar ao lado de um assento vazio. Durante o trajeto, ela percebe que o simpático estranho tem tudo para ser o amor de sua vida. Mas só não conta com um pequeno detalhe: ele é casado. Três anos depois, Clemency está morando em uma casinha aconchegante perto da praia para focar na própria carreira. Tudo segue na mais perfeita ordem quando o homem apaixonante do avião, Sam, reaparece, porém não do jeito que ela gostaria: ele agora está namorando justamente sua meia-irmã, Belle. Tentando esconder os sentimentos, Clemency convence Ronan, o melhor amigo, a embarcar em um plano maluco, fingindo um relacionamento amoroso com ela. E é aí que os desentendimentos e a confusão começam. Enquanto o sol esquenta a areia e o mar turquesa cintila, uma verdade fica clara: segredos enterrados sempre acabam vindo à tona.

A história tem várias histórias paralelas, o que me incomodou um pouco e eu já explico o porque, mas primeiro vamos falar dos personagens e contextualizar tudo. Clemency é a primeira personagem que conhecemos, bem certinha e detesta estar atrasada. Porém, logo de início ela se atrasa e quase perde o voo por causa de uma pequena confusão com o passaporte. Eis que, nervosa, dá tudo um pouco errado. 


Sentada ao lado de um completo estranho no avião, ela começa a tagarelar e o estranho do seu lado não está muito animado para conversa, o que deixa ela bem irritada. Mas logo o gelo acaba se quebrando com uma taça de vinho tinto caindo em cima dela. Após esse incidente, ela e o estranho, Sam, acabam conversando durante todo o voo e rola uma química. Porém, ao aterrissar, ela descobre que ele é casado e que não pode acontecer nada entre os dois.

Depois desse fato, acontece uma quebra no tempo e pulamos para dois anos depois. Clemency está de volta a sua cidade natal, litorânea - já falei que amo livros que se passam na praia? Pois é - vendendo imóveis. Junto dela trabalha o simpático Ronan. Ele e Clemency são muito amigos, mas não passa disso. Ele é adotado, perdeu o pai faz alguns anos e a mãe adotiva dele é um amor e hilária. Ela faz a maior campanha para o Ronan largar de ser um solteiro cobiçado pelas mulheres da cidade e sossegar.

Outra personagem que aparece é a Marina, ela já é um pouco mais velha e largou o marido horrível que tinha para viver da sua arte na praia. Ela teve um câncer e depois disso muita coisa mudou na sua forma de pensar, fazendo com que ela criasse coragem e fosse viver de seus quadros em uma cidade litorânea. Ela e Clemency são muito amigas e vivem trocando confidências.

Temos também a Kate, ela entrega cartas na cidade e está à procura de uma casa agora que a mãe faleceu e ela pode bancar uma casa nova. Ronan está disposto a achar a casa perfeita para ela, por mais desafiador que isso possa parecer. A garota não se vê morando em nenhuma das casas que Ronan mostra para ela.

Temos também a Verity, ela é vizinha de Clemency, personal trainer e toda alternativa. Ela é bem simpática e alto astral, Clemency adora a garota e de quebra ela é uma boa cozinheira. Boa parte das cenas que ela aparece, se não está se exercitando na praia, está cozinhando e chama a Clemency para comer um prato.


Resenha: Desencontros à beira-mar

Por fim, mas não menos importante, temos a irmã de Clemency, a Belle. Elas não são irmãs de sangue, o pai de Belle se casou com a mãe de Clemency quando elas eram adolescentes. Isso não foi fácil para nenhuma das duas, visto que já se conheciam na escola e o santo não batia, como costumam dizer. Belle é muito competitiva e tende a jogar a Clemency para baixo o tempo todo, chegando a ser arrogante com a irmã diversas vezes. Confesso que achei ela irritante durante 80% do livro.

A vida de Clemency estava bem pacata e andando muito bem, mas os livros não vivem sem reviravoltas, certo? Bom, Belle aparece com o novo namorado na vida de Clemency e o namorado é ninguém menos do que Sam, o cara do avião. A esposa que ele tinha antes ficou muito doente e acabou morrendo. Na época que Clemency e ele se conheceram, a esposa dele já estava em coma, mas eles ainda eram casados.

Confesso que gostei mais do Sam ao saber essa história toda com a esposa dele, apesar dele não ter feito mais que a obrigação. Porém com tantos embustes literários, é quase uma surpresa quando tem um que preste.

A Belle, não satisfeita em ver a irmã com a vida dela, fica esfregando o namorado na cara da Clemency sem nem sequer sonhar com o fato deles já terem se conhecido antes, fiquei imaginando o que ela faria se soubesse. Ela faz questão de ressaltar a todo momento como ela é sortuda e maravilhosa e a Clemency, coitadinha, vive sozinha e nunca consegue arrumar um namorado. Palavras da Belle, não minhas, ok? Para mim, a Clemency estava muito bem sozinha.

Para manter a sanidade mental, Clemency tem a ideia de pedir um favor para Ronan. A essa altura vocês já devem imaginar... Ela sugere que eles namorem de mentira por um tempo, só para Belle parar de infernizar a irmã. Ronan topa, já que está apaixonado por uma mulher que não o quer, Kate.

Ronan e Kate tiveram um rápido e intenso envolvimento, mas por causa da fama de Ronan de pegador, Kate sai correndo como um gatinho assustado. Em defesa do Ronan, ele não enganou nenhuma das mulheres com as quais já ficou, em momento algum enrolava as mulheres, mas muitas delas se iludiram e acabaram de coração partido.

Aqui é o ponto que abro a minha reclamação que comentei lá em cima, note que é muita gente! As histórias não se desenvolvem com profundidade. A Marina tem uma trama muito legal que poderia ser explorada, a mãe adotiva de Ronan também tem uma história legal, o próprio Ronan merecia um pouco mais de destaque e até mesmo a Belle. Mas fica tudo muito pincelado, capítulos alternados amarrando as histórias, mas cada hora você lê um pouco sobre um. 

Eu, particularmente, não consegui me envolver muito com o casal principal. Eu teria me envolvido, pela prévia que a autora mostrou logo no primeiro capítulo que eu já estava adorando e dando várias risadas com os dois. Assim como Ronan também é muito divertido, mas mal explorado.

Devido a esse probleminha de enredo, eu acabei enrolando demais para ler. O ritmo de leitura foi completamente fora do meu normal e eu quase desisti depois de determinado tempo. Apesar da escrita ser bem gostosa e divertida, eu não conseguia ficar mais do que 30 minutos lendo, já que eu não "entrava" na história.

Eu fui com muita expectativa com o livro e queria muito gostar dele, mas não foi o caso. A autora já tem outro livro com o selo da Arqueiro publicado, mas não sei se lerei por agora. Mas não posso deixar de destacar - já devo ter dito isso por aqui - que as capas desse selo são maravilhosas. Isso não dá pra colocar defeito, estou apaixonada. 

Título original: Meet Me At Beachcomber Bay
Autora: Jill Mansell
Editora: Arqueiro
Tradução: Regiane Winarski
Gênero: Romance
Nota: 3,5
Skoob


2 comentários:

  1. Oi Raquel
    Também não gosto muito de livros com vários pontos de vista justamente por ter tantas histórias e tudo ficar bem mal desenvolvido. Agora não entendi se a personagem fica com o Ronan ou o Sam. Mas eu gostei bastante do plot e leria só pra ver o que acontece.
    Beijo!
    https://www.capitulotreze.com.br/

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  2. Eu sou apaixonada por essa capa e entendo que nem todo romance nos envolve completamente. Anotada suas considerações e espero lembrar quando for ler esse livro
    Beijos
    Balaio de Babados

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