Aos Dezessete Anos, segundo livro da Ava
Dellaira - publicado por aqui e cedido em parceria pela editora
Seguinte - é uma trama atemporal sobre amadurecimento, as nossas raízes e
tudo aquilo que nos transforma em quem somos.
Sinopse: Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer. Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.
Nos anos 90, tudo que Marilyn queria era ir para a faculdade, quando finalmente poderia ser dona de si e abandonar os sonhos de fama que sua criou para ela. Nos anos 2000, Angie busca suas origens, sendo filha de uma mulher branca com um homem negro, ela sempre se sentiu deslocada, sem pertencer a lugar nenhum, e agora está determinada a encontrar suas origens.
O curioso sobre a beleza, James escreve, é que de nenhuma forma sua presença nega a verdade do sofrimento, da injustiça, da dor, mas de toda forma ela se ergue em seu próprio direito, em sua própria verdade.
Como sempre, Ava Dellaira me pegou pela mão e me levou por uma história emocionante, tocante e bastante real. A forma como ela injeta emoção nas palavras, como ela consegue criar passagens tão emotivas, mesmo com uma narrativa bastante direta e simples, é apaixonante e lindo e me faz sentir lendo uma obra de arte, honestamente.
Me peguei sentindo tanto com a Angie, a Marilyn e o James, como senti ao ler as cartas da Laurel em Cartas de Amor aos Mortos. Fico muito feliz de ter pego esse livro. As vezes eu tenho medo de ler livros novos dos meus autores preferidos, porque a decepção pode ser real, mas a Ava manteve o padrão maravilhoso que estabeleceu para si mesma.
Angie foi uma personagem interessante. Não foi a minha preferida, mas definitivamente um ponto de vista que valeu a pena ser explorado e apresentado. Os sentimentos dela, sobre se sentir inadequada e sem um lugar para si, é algo que faz com que a gente se identifique, mesmo que não passe pelos mesmos problemas que ela. E o fato de acompanhar a história dos pais dela pelo ponto de vista de Marilyn, e depois chegar no dela e todos os sentimentos que ela tem sobre a mãe, a saudade que sente do pai que não conheceu e a pressão de ser tudo que a mãe tem, tudo isso transformou o ponto de vista dela em algo forte e identificável.
O mundo está errado. Você não pode esquecer o passado. Ele está enterrado dentro de você: ele transformou sua carne em seu próprio armário.
Já a Marilyn e o James adicionaram a "realidade" da narrativa. Eles tinham tantos sonhos, tantos desejos, tantos planos, e ver como o futuro tratou eles foi desolador, ao mesmo tempo em que nos deixa com aquela sensação de realismo. A vida não é perfeita e nem sempre acabamos nos tornando as pessoas que achamos que seriamos aos dezessete anos, e ver isso tão claramente no papel foi um pouco devastador e triste.
É aquela coisa onde o vilão da história é a vida, porque não existe nada mais trágico na nossa história do que a própria vida.
Ela não sabe quanto tempo vai ter, mas, agora, está aqui, entre os vivos. Consciente e respirando. Desperta, num mundo violento e marcado por horrores imagináveis, crueldade e bondade, maravilhas e muito amor.
Eu também amei muitíssimo a capa que a Editora Seguinte preparou para o livro, tem vários elementos importantes para a história e ficou com uma cara muito jovem e gostosa - meu amor por ela também pode ser porque eu realmente não curti a capa americana. Mas eu gostaria que tivessem mantido o título original, In Search of Us, que realmente fala muito sobre a história. No mais, a diagramação está bonita, delicada e bem dividida.
Aos Dezessete Anos é um livro com uma história dura, real, bonita e triste em partes iguais, e que me deixou completamente apaixonada por seus personagens e por sua profundidade. Uma história delicada sobre encontrar suas raízes e definir seu futuro. Amei muito e super recomendo para todos os fãs de YA, especialmente aqueles que gostam de uma pegada mais madura.
Aos Dezessete Anos é um livro com uma história dura, real, bonita e triste em partes iguais, e que me deixou completamente apaixonada por seus personagens e por sua profundidade. Uma história delicada sobre encontrar suas raízes e definir seu futuro. Amei muito e super recomendo para todos os fãs de YA, especialmente aqueles que gostam de uma pegada mais madura.
Título original: In Search of Us
Autora: Ava Dellaira
Tradutora: Lícia Azevedo
Editora: Seguinte
Editora: Seguinte
Gênero: Romance | YA
Nota: 5
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Oi, Bibs!
ResponderExcluirEu li Carta de Amor aos Mortos e fui com toda expectativa. Confesso que me decepcionei e não gostei muito. Aos Dezessete tem uma capa linda e mesmo com os seus comentários, ainda estou com um pouco de receio. Vou pensar direitinho, mas é bom que você tenha gostado.
Beijinhos,
Galáxia dos Desejos
Oi, Mari!
ExcluirTenho um amor muito especial por Cartas de Amor aos Mortos <3 Eu achei que Aos Dezessete Anos ia ser bem fraquinho, pedi mesmo por desencargo de consciência, mas amei muito. Super recomendo, viu?
bjs
Olá...
ResponderExcluirEu acabei de ler esse livro semana passada e ameeeei demais! Sem dúvida o que mais admiro na autora Ava Dellaira é que suas histórias sempre transbordam sentimentos. Ler suas obras é o mesmo que entrar numa odisséia repleta de emoções e ensinamentos, onde se torna uma tarefa impossível ficar indiferente aos temas tratados... E eu amo toda essa capacidade da autora! AOS DEZESSETE ANOS é um livro encantador que expõe de forma real vários dilemas da transição da fase adolescente para a adulta.
Parabéns pela resenha <3
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com.br/
Oi, Diane!
ExcluirLivro maravilhoso, né? Eu também amo como ela consegue emocionar de forma tão simples. Ela com certeza acertou MUITO com esse livro e fico feliz de encontrar mais pessoas que amaram tanto quanto eu <3
bjs
Oi Bibs,
ResponderExcluirEu comentei a pouco no blog da Diane que todas as opiniões que li sobre esse livro e sobre as obras da autora são super positivas e recomendadas, mas que não me senti atraída por essa história, apesar de gostar de livros com questões familiares, situações mais reais e verdadeiras... enfim, quem sabe mais à frente.
Fico feliz que quem está lendo, gosta e classifica com uma boa nota.
Beijos
http://espiraldelivros.blogspot.com/
Oi, flor!
ExcluirSabe, eu acho que a sinopse não é muito atraente. Se você já não curte a Ava pode deixar passar. Mas eu recomendo MUITO porque é realmente uma história surpreendente e real e forte. Recomendo muitíssimo todos os livros dela <3
Espero que dê uma chance!
bjs
Hey,
ResponderExcluirEu tô tão ansioso pra saber o que a Ava preparou nesse livro. Carta de amor aos mortos tem um cantinho especial no meu coração! Eu fui 100% conquistado por essa premissa de "Aos dezessete anos". O meu tá pra chegar o/
xx, Vinícius Torres
viniciustorres.com.br
Oi, Vinícius!
ExcluirCom Aos Dezessete Anos a Ava conquistou lugar cativo no meu coração para seeeempre. Espero que faça uma leitura tão maravilhosa quanto eu fiz. <3
bjs
Olá! Tudo bem?
ResponderExcluirEu estava lendo esse livro também - que por sinal tem uma capa espetacular) , mas fechei o livro desde o prólogo. Não sei, não estava me conectando. Me anima ler resenhas positivas sobre ele, pois tentarei pegar novamente para ler em breve. Por coincidência, acabei de ler uma resenha desse livro em outro blog.
Bjão,
Di ~ Vida & Letras
www.vidaeletras.com.br
Oi, Diego!
ExcluirQuando li o prólogo achei que iria me enrolar muito para ler ele, porque não achei aquilo tudo. Mas o livro melhor MUITO e a leitura flui muito fácil. Dá uma chance pra ele :P
bjs
Oi, Bianca
ResponderExcluirEu comecei o livro mas não estava muito interessada e acabei dando um tempo na leitura. Eu estava gostando mais da Marilyn, acho que ela consegue ser mais carismática que sua filha, mas ainda não terminei a leitura então não tem como descobrir.
Beijos
http://www.suddenlythings.com/
Oi, Miriã!
ExcluirTambém preferi o POV a Marilyn, achei mais dramático. A busca da Angie ficar realmente interessante depois do capítulo da festa, mais lá pro fim do livro. A história dela é mais sobre o desenvolvimento da personagem do que de fato TER uma história para contar (como no caso da Marilyn, que acompanhamos a história para descobrir o que aconteceu no passado). Mas no fim, achei um livro muito incrível. Espero que dê uma nova chance!
bjs
Olá, Bibs.
ResponderExcluirEsses livros onde o vilão é a vida dão as melhores histórias. Acabei de ler uma resenha positiva desse livro. O enredo, essa dinâmica entre as duas personagens me interessou muito. Mas ainda assim não sei se vou comprar. Mas se conseguir emprestado vou ler.
Prefácio
Oi, Sil!
ExcluirNada melhor que a vida de vilão, a gente não precisa de ninguém puxando o tapete quando a vida tá fazendo isso, né.
Amei muito o livro e acho que super vale a pena comprar. Porém, comprado ou emprestado, espero que você consiga ler. É uma excelente história <3
bjs
Oi Bibs, tudo bem? Não sou mais muito fãs de YA, mas eu gostei do enredo e gostei do fato de ser uma história forte e real! E olha, realmente não tem vilão pior que a vida rsrsrs
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Mi!
ExcluirMesmo sendo um YA a história é muito madura e aborda temas muito importantes, como relacionamento abusivo familiar e racismo. Eu super indico, mesmooooo. É uma história maravilhosa, sem contar que não deixa muito a desejar em relação a uns NAs :P
bjs
Oi Bianca!
ResponderExcluirEu fiquei muito curioso para ler esse livro desde que li a sinopse, embora a capa em si não me agrade. Não só a tematica parece legal, como a personagem em si. Mas antes de me aventurar nesse quero ler o outro da autora, carta de amor aos mortos.
Abraços
David
https://territoriogeeknerd.blogspot.com/
Oi, David!
ExcluirCartas de Amor aos Mortos é tão maravilhoso quanto, tão forte quanto. Indico muito os dois, espero que possa ler em breve.
bjs