5 motivos para conhecer o universo Grisha da Leigh Bardugo

Que Leigh Bardugo é dona da minha estante, coração e alma, isso já é fato. E com a notícia de que a série Shadow and Bone estreia na Netflix em Abril, achei sensato trazer um post com 5 motivos para conhecer o universo Grisha.

O universo. A Bardugo fez um trabalho primoroso criando seu mundo onde lendas, mitos e magia se envolvem com questões políticas, revoluções e gangues criminosas. Tanto a trilogia Grisha quanto Six of Crows - e King of Scars, sequencialmente -, são repletos de elementos muito bem construídos.

A construção de mundo é maravilhosa, rica e encantadora. Inspirada na Rússia czarista, com uma mitologia própria extremamente criativa, é daquele tipo de mundo fantástico que você se apaixona por cada detalhe. E quantos detalhes! Enquanto na trilogia Grisha ela explora mais a questão mágica e política, em Six of Crows temos um olhar sobre os "esquecidos" pelo lado fantástico, com guerra de gangues e traições.

Personagens. Eu saio no soco com quem diz que a trilogia Grisha é fraca e tem personagens ruins; ela não é tão intensa e impactante quanto seu sucessor, mas é uma história muito cativante e cheia de carisma, com personagens ótimos de acompanhar. Desde sua protagonista, Alina, vivendo entre a dúvida e o poder, aos coadjuvantes - como Maly, Nikolai, Zoya - e o antagonista, Darkling, um vilão que não deve pra ninguém.

Bardugo explora muito as personalidades diferentes e seus embates e, em Six of Crows, mostra uma evolução narrativa que é de arrancar o coração do peito. Seus protagonistas aqui são muito mais multifacetados, conturbados e perfeitamente caóticos como a gente bem ama. São anti-heróis e por isso tão fascinantes. Kaz e Inej são dois dos melhores personagens que já li na VIDA.

Romance. Porque nem só de gangues e guerra mágica vive meu coração, né? Na trilogia tem enemies to lovers, tem friends to lovers, tem hate to love - não é o ponto alto dela, mas tá ali pra quem ama esses tropes - e aí em Six of Crows é tão INTENSO E MARAVILHOSO que merece uma menção.

Ela entregou três casais principais muito fodas, com dilemas e questões morais e problemas independentes. Kaz e Inej são o puro suco do angst e eu me contorci e morri milhões de vezes lendo eles; Nina e Matthias são mais um drama de amor ao ódio que a gente ama tanto. E Wylas e Jesper, fofos, de desconhecidos e apaixonados como a gente tanto adora. Tem até Darklina pra quem gosta de um ship problemático mas cheio de química.

Reviravoltas. A trilogia Grisha tem seus momentos EITA muito bem orquestrados, do tipo que, mesmo dentro do clichê de Fantasia YA, consegue surpreender. Foram eles que me conquistaram tanto na história; com tudo que era esperado, Bardugo ainda enche a gente de choque por reviravoltas inesperadas - tipo o final do livro 2 que, na minha opinião, foi um dos que mais me fez surtar.

Six of Crows e King of Scars são bastante marcados por isso também - pelo amor de deus o final de Six of Crows eu só sabia GRITAR!

Expansão de universo. A Bardugo fez, tal como a Cassandra Clare, a melhor coisa que o universo Grisha pedia com o fim da trilogia: expandiu. Six of Crows é um sopro de ar fresco em quem estava cansade daquela vibe mais espadas/armas/magia e mostra uma gangue lidando com problemas de gangue. King of Scars foca muito mais em consequências - da guerra, de acordos políticos, até mesmo em deuses.

Além deles, tem também livros sobre lendas, histórias do mundo Grisha, sobre santos e deuses. É tudo muito grandioso e maravilhoso e eu mal posso esperar pra ver isso ganhando vida na série da Netflix.

E aí, foram motivos suficientes? Se não, tem resenha de todos os livros Grisha aqui no blog, então dá pra conhecer um pouco mais das histórias.

Motivo bônus: Nikolai Lantsov. E isso. Esse é o motivo.