Em A Deusa no Labirinto, romance ambientado no universo de Tormenta20, Karen Soarele nos leva até o império de Tauron para desbravar um dos maiores acontecimentos divinos da história de Arton. E é através de aventureiros e rebeldes que atravessamos essa trama.
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Em Tauron, os fortes oprimem os fracos. Os minotauros são os senhores soberanos, legionários poderosos que dobram territórios e povos à sua vontade. Com a chegada iminente do imperador, uma pergunta permeia as ruas labirínticas da capital: quem o império vai apoiar na guerra sem fim que devasta Arton? O Reinado ou os puristas?
Gwen é uma clériga. Devota da Deusa do Conhecimento, ela tem consigo uma missão: ajudar a aliança rebelde que existe dentro de Tiberus, a joia do império. Para isso, ela precisa se infiltrar por dentro, como uma das elfas escravas das famílias nobres de lá. E vai ter ajuda. Aventureiros vindos de outros cantos de Arton, amigos do passado, prontos para defendê-la.
No plano divino, enquanto Tauron vive seus dias com a glória e a adoração do seu povo conquistador, Glórienn, a Deusa dos Elfos, escrava do deus minotauro, se esconde nas sombras, planejando uma maneira de escapar.
- Esses deuses menores... sempre clamando bravatas, sempre ambicionando a ascensão.
Revisitar A Deusa no Labirinto foi uma aventura emocionante. Eu já tinha lido o livro durante a pandemia, mas minha memória desde a época foi-se com deus. Embora muitos dos acontecimentos da história sejam canônicos no universo e, portanto, não exatamente inéditos, o "como" é tão interessante que, mesmo sabendo para onde a história ia, ainda rolou nervosismo.
A escrita da Karen é muito gostosinha, daquele tipo que causa uma imersão imediata no universo fantástico. A jornada da Gwen é de heroísmo, mas não apenas dela; seus companheiros de rebelião, algumas poucas boas almas que aparecem em seu caminho naquele império opressor e até mesmo a participação periódica e enigmática de uma certa deusa, tudo junto e misturado rende um excelente livro de fantasia.
Tormenta20 foi o primeiro RPG de mesa que eu joguei, então tenho um carinho especial por Arton e por tudo que acontece nesse universo. Eu adoro a história dos deuses, as tiranias e trambicagens, as facadas nas costas, reviravoltas chocantes e resoluções amargas. É tudo muito divertido porque é crível que entidades tão poderosas acabem caindo nas mesmas falácias que suas criações.
Gwen foi uma ótima protagonista. Ela carrega aquele ímpeto heroico de colocar a própria vida em risco em prol de uma causa maior. Mas meus favoritos foram seus companheiros: Christian e Verônica, respectivamente, entregaram humor e terapia de casal na medida certa. E teve os maiorais: Dok, o goblin engenhoqueiro, e Fuligem, o grifo. Eu morreria por eles!
Eu gosto de como as ameaças de A Deusa no Labirinto escalonam com a aventura. No começo, parece uma coisa. De repente, se torna outra. E, no fim, você entende para onde a história sempre esteve caminhando e a sua cabeça explode.
Paz, equilíbrio, ordem. Conceitos desconhecidos para um artoniano.
Se você gosta de fantasia (e fantasia em volume único) e de explorar mundos novos, essa é uma ótima leitura. Para quem já se familiarizou com Arton ou para quem está chegando agora, A Deusa no Labirinto é uma excelente escolha de leitura. Tem aventura, rebelião e um final agridoce que combina, e muito, com missões impossíveis.
Sinopse: Em uma terra onde os fortes oprimem os fracos com a justificativa de protegê-los, elfas e humanas são mantidas escravas nos haréns dos minotauros. Assim determina a lei do império, concebida conforme a lei divina do Touro em Chamas. Ninguém se opõe. Nem os senhores, satisfeitos com o poder acumulado, nem os servos, doutrinados a obedecer. Os outros reinos, temerosos das legiões táuricas, se acovardam. Os deuses, indolentes, apenas assistem à miséria dos mortais. Todos fecham os olhos para a perversidade da escravidão. Chegou a hora de fazer algo a respeito.
Título original: A Deusa no Labirinto
Autora: Karen Soarele
Editora: Jambô
Gênero: Fantasia
Nota: 5
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