Resenha: Bom dia, Verônica - Queria Estar Lendo

Resenha: Bom dia, Verônica

Publicado em 1 de nov. de 2019

Resenha: Bom dia, Verônica

Bom dia, Verônica é o primeiro livro da parceria de Raphael Montes e Ilana Casoy. Lançado originalmente pelo pseudônimo Andrea Killmore, pela DarkSide Books - que nos cedeu um exemplar para a resenha - lá em 2016. A história segue Verônica Torres, uma escrivã da policial civil de São Paulo, que passa a investigar um possível serial killer e um golpista por conta própria.

Verônica acredita que será apenas mais um dia tedioso de trabalho, sentada na mesa de secretária do delegado de homicídios da policia civil de São Paulo. Mas tudo muda quando uma mulher sai chorosa da sala de seu chefe e, minutos depois, se atira da janela. Indignada com a falta de ação por parte do chefe, Verônica começa sua própria investigação sobre os motivos que levaram aquela mulher até a delegacia e, depois, ao suicídio.

As coisas parecem complicar ainda mais quando ela recebe a ligação de uma mulher que alega que seu marido vai matá-la - e que já matou mulheres antes.

Quanto mais Verônica aprofunda suas investigações, mais seu lado obsessivo aflora e, pouco a pouco, ela se vê envolvida com os casos de forma irremediável - o que pode custar sua própria vida.

Resenha: Bom dia, Verônica

Bom dia, Vêronica era um livro que chamou minha atenção já na época de seu lançamento, mas com a lista infindável de desejados, eu não tive a oportunidade de lê-lo. Até que o segredo finalmente foi revelado e todos descobriram que Andrea Killmore era, na verdade, o pseudônimo de Ilana Casoy e Raphael Montes.

Com o lançamento da nova edição, recebi um exemplar da Darkside Books e fiquei muito empolgada com a leitura. Como fã de true crime estava muito interessada em ver como Ilana Casoy se saia em uma ficção, e depois de ouvir muitos elogios da Eduarda para o Raphael Montes, achei que seria uma ótima ideia conhecer o trabalho dele por essa obra.

E preciso dizer: a premissa é muito boa. A forma como a história se desenvolve, com os detalhes sendo apresentados de forma dosada e frequente, faz com que o ritmo seja constante e acelerado - e você não quer largar o livro, porque sente que as coisas estão em constante movimento.

As pistas que vão sendo deixadas para trás se encaixam bem - especialmente com a construção das personagens e do mistério. Vamos unindo-os aos poucos, de forma que sejamos parte da investigação de Verônica.

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No entanto, eu esperava um pouco mais da narrativa em Bom dia, Verônica. Senti que tivemos muitos momentos "me deixe te contar isso para que eu não precise mostrar" e que a apresentação inicial da Verônica ficou muito forçada. Os autores tentaram muito fazer com que ela soasse humana e "cinza", tentaram tanto que ficou muito evidente e muito falso.

Acredito que essa "forçação" para criar uma personagem real que fez com que eu odiasse tanto a Verônica. Se ela fosse uma pessoa real, seria a maior escrota e eu teria zero vontade de conhecer. E como uma personagem principal, eu tive muito pouco interesse em saber o que aconteceria com ela.

Queria chegar ao fim de Bom dia, Verônica, sim, mas me importava muito pouco com o destino da personagem - queria apenas saber o desfecho da história e dos criminosos mesmo.

Me lembrou um pouco a relação que tive com a Katniss enquanto lia Jogos Vorazes - amei a história, mas detestei a protagonista do começo ao fim, e isso influenciou um tanto na minha opinião geral do livro.

No fim é possível compreender algumas atitudes da Verônica, e enxergar o destino dela nas entrelinhas do desenvolvimento da personagem, mas aí eu já tinha criado minha impressão dela e não dava mais tempo para salvar minha opinião da leitura.

Resenha: Bom dia, Verônica

Fora a Verônica - que tem um ponto de vista em primeira pessoa no livro - também acompanhamos o ponto de vista de Janete - a possível vítima do marido matador de mulheres - que nos é apresentado em terceira pessoa. Consegui simpatizar mais com a parte dela da história e achei que sua personalidade e arco foram apresentados de forma mais dosada e não forçado.

Ainda que fossem nos pontos de vista de Verônica que a investigação acontecesse e a história andasse de verdade, no fim acabei achando os pontos de vista de Janete - e a história desenvolvida neles - o ponto alto de Bom dia, Verônica.

Não posso fazer juízo da escrita de Ilana Casoy e Raphael Montes com base unicamente nesse livro, mas preciso dizer que fiquei um pouco desapontada. Acho que a grande culpada é a hype em cima dos autores - e do livro - e como nos deixamos influenciar tanto por isso. Mas não muda o fato de que eu esperava um pouco mais na parte do desenvolvimento de personagem.

No mais, acho que é uma leitura muito legal para fãs de true crime e romances policiais. Eles trabalham com a complexidade da psique humana e constroem criminosos que me lembraram muito meus episódios queridos de Criminal Minds e séries do tipo.

Sinopse: Em "Bom dia, Verônica", acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado.

Título original: Bom dia, Verônica
Autores: Andrea Killmore (Ilana Casoy e Raphael Montes)
Editora: DarkSide Books
Gênero: Romance policial
Nota: 3

Resenha: Bom dia, Verônica

5 comentários:

  1. Gostei bastante do artigo de hoje, sempre estou aqui acompanhando seu blog. Tenho aprendido muitas coisas legais aqui e te agradeço por compartilhar...

    Beijos 😘.

    Meu Blog: dicasdaweb.net

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  2. Olá, Bianca.
    Eu não sabia que era o mesmo livro. Até vi que os nomes eram parecidos mas nem liguei um ao outro por causa dos autores serem diferentes hehe. Então, eu fiquei interessada quando lançou lá atrás, mas comecei a ler as resenhas e a vontade passou. Agora sabendo que é do Raphael Montes, que gosto bastante, fiquei em dúvida se leio ou não.

    Prefácio

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  3. ando desejando varios dos livros da Darkside, pena que esse nao desenvolve tão bem a personagem, msm assim fiquei curiosa com a leitura

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  4. Uma leitura muito interessante e diferente. Acho que não faz muito meu tipo, mas gostei das suas colocações.

    www.vivendosentimentos.com.br

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  5. Oi Bia, tudo bem? Eu acho que deve ser bem complicado escrever com outra pessoa, né? Um amigo leu e deu a mesma nota que você, mas tenho outra amiga que amou, acho que terei que ler eu mesma e tirar minhas conclusões rs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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