Resenha: Jogos Macabros - Queria Estar Lendo

Resenha: Jogos Macabros

Publicado em 1 de set. de 2016


Lançamento da editora Globo Alt, parceira aqui do blog, Jogos Macabros promete uma história arrepiante combinando alguns clássicos clichês de histórias de terror. R. L. Stine foi chamado de "o Stephen King da literatura juvenil" e tem uma série imensa de livros combinando historietas macabras. O problema foi que, apesar de toda a promessa, a história não chegou nem perto de ser o que poderia.

Sinopse: Tal como os outros títulos da coleção, a história se passa na velha cidade de Shadyside, nos EUA, conhecida por ser palco de acontecimentos misteriosos e aterrorizantes envolvendo os alunos da escola local. Todos na região conhecem a excêntrica e rica família Fear, e sabem também do passado terrível que os assombra. Apesar desses histórico nada promissor, Brendan Fear parece ser um garoto diferente de sua família. Gentil e simpático, o jovem vive rodeado de colegas e chama a atenção de Rachel Martin, uma garota simples, colega de classe dele. Quando o aniversário de Brendan está prestes a chegar, ele começa a planejar uma comemoração um tanto diferente na isolada ilha do Medo, onde existe um casarão de veraneio pertencente à família Fear. Rachel é uma das convidadas para passar o final de semana no local sombrio e, contrariando os avisos dos amigos, decide ir. No caminho, coisas estranhas já começam a acontecer e, ao chegarem à mansão, Brendan dá as coordenadas para o início de um jogo que se revelará o mais mortal de todos. Repleto de reviravoltas, Jogos macabros mantém o leitor apreensivo da primeira à última página. Como todo bom enredo de R. L. Stine, a história dá espaço a fantasmas, assassinato, traição e romance, e marca, enfim, um retorno triunfal do autor à Rua do medo.

Rachel é convidada para uma festa em uma ilha sinistra. O garoto por quem tem uma pequena paixonite a chama para participar do seu aniversário na Ilha do Medo, famosa por ser o lar da casa da família Fear; os Fear têm um histórico medonho e lendas sobre o passado deles naquela região inventaram maldições e uma sina horrenda para todos os descendentes. Brendan não parece nada além de um adolescente normal, então a Rachel topa participar. O problema é que, quando chega naquela ilha, coisas medonhas realmente começam a acontecer...

Rachel espera por um fim de semana perfeito. Mas ela está prestes a descobrir que a rua do Medo é onde moram seus piores pesadelos.

O livro é um combinado de vários clichês divertidos dos clássicos de horror. Garota ingênua, festa em um lugar medonho, reunião de jovens cheios de hormônios e expectativas, luzes falhando, pessoas sumindo, barulhos estranhos, aí começam a aparecer pessoas mortas e um possível fantasma, além das lendas que rondam a casa da família Fear. Poderia ser uma ótima história arrepiante, como promete a sinopse e as duas primeiras partes do livro, mas daí para frente ele escorrega e não consegue se sustentar.

Estávamos presos naquela ilha e dentro dos nossos próprios pensamentos, de nossos próprios medos.
Talvez o problema seja com a protagonista, a Rachel. A narrativa é em primeira pessoa, então pensa numa personagem entediante e extremamente ingênua a respeito de tudo. E eu digo tudo porque é tudo mesmo; em um momento, ela se preocupa com os barulhos e com os perigos que uma ameaça possa trazer se realmente estiver na casa, e na cena seguinte ela está se derretendo pelo Brendan e pouco se importando com o fato de ter amigos mortos na sala ao lado! Rachel é o suprassumo de tudo que tem de errado em filmes de terror, e eu só queria gritar com ela pelas atitudes levianas e por fazer tanta besteira seguida da outra.

Isso porque, durante o livro todo, ela reafirma o fato de que ria muito de filmes de terror e que achava todas as situações extremamente cômicas. Por exemplo, por que a mocinha ia até a floresta escura em busca de ajuda? Não sei, amiga, talvez porque você tenha feito a mesma coisa no livro?


E não é aquela coisa boba de adolescente não. É coisa estúpida do tipo: um amigo foi assassinado, todo mundo decide que é melhor ficar junto porque se separar significa morte, a Rachel dá um piti e sai correndo pra se esconder em um quarto escuro no fim do corredor mais escuro ainda. Miga, sua louca.




A imagem do corpo dela retorcido no chão do quarto apareceu outra vez em minha mente. E me lembrei do bilhete escrito à mão: Alguém quer jogar Twister? 
Alguém está querendo jogar, pensei. Jogos macabros.

Os outros personagens foram meio aleatórios, mas meus favoritos foram a Amy – que apareceu em dois capítulos, mas se provou mais sensata que todo mundo nesse livro – e o Eric, o engraçadão do grupo. Infelizmente, por causa da narrativa rápida pouco focada nos detalhes ao redor, o livro acabou não desenvolvendo bem os coadjuvantes como deveria. Mesmo Brendan, o herdeiro Fear que dá a festa de aniversário, pareceu muito raso dentro da trama. Eu não consegui construir uma opinião sobre ele - só a respeito de uma coisa no final que o autor fez e eu fiquei "tá brincando com a minha cara?"





A questão do terror não foi tão aterrorizante quanto poderia. Pra chamarem o autor de “o Stephen King da literatura juvenil” eu esperava me arrepiar toda, mas só me desesperei em uma cena durante toda a história. E foi por causa das burrices da Rachel, como sempre.

A parte mais legal da trama foi como ele mesclou a tensão à questão dos jogos macabros; quando as coisas começam a acontecer na casa, bilhetes falando sobre brincadeiras de criança, tal como Serpentes e Escadas e Twister aparecem para explicar os acontecimentos criando o terror. Amei, adorei, achei tudo.



O trabalho da Globo Alt está impecável. A diagramação é excelente, a letra tem um formato e um tamanho bom para leitura. A capa passa o clima tenso do livro, e todo o acabamento é ótimo. Infelizmente, Jogos Macabros não foi um livro para mim, mas não significa que não funcione para você. Acho que é bastante aconselhável para alguém que queira se aventurar no gênero de terror sem cair de cara em um It – A Coisa ou O Iluminado, mas sim em uma historieta de terror mais suave.

Título original: Party Games
Autora: R. L. Stine
Editora: Globo Alt
Gênero: Terror
Nota: 3

Saiba Mais:  Skoob | Saraiva 

4 comentários:

  1. Oi!!
    Não sei porque esse livro parece um pouco com o filme Pânico. Mais como adoro filmes de terror e de livros desse gênero já gostei do livro!!
    Beijoss

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  2. Não sei o que acontece nessas histórias de terror que SEMPRE colocam uns adolescentes burros em situações absurdamente absurdas - tipo correr do grupo pra um quarto escuro ou gritar enquanto foge do assassino, tipo ??????
    Enfim, adorei a resenha <3

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  3. Poxa eu amei o livro aliás adoro todos do rl Stine considero o cara um mestre do horror já li quase todos da rua do medo os do Stephen King n gosto tanto n sei pq é olha q já li vários de horror e suspense

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  4. Caraca,conheci aqui hoje,bom saber que seu blog ainda esta vivo ❤ a maioria dos blogs que conheço geral abandona :/

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