Controle remoto: From Dusk till Dawn - Queria Estar Lendo

Controle remoto: From Dusk till Dawn

Publicado em 16 de fev. de 2017


Fiquei enrolando para fazer esse post porque, quando a série é muito boa, geralmente não sei como falar sobre ela para indicar para outras pessoas. Na maior partes das vezes eu só grito e mando os amigos abrirem a aba da Netflix e ASSISTE ESSA SÉRIE QUE É A MELHOR COISA DA VIDA. Com From Dusk till Dawn não foi muito diferente.

Caso você não reconheça o nome logo de cara, talvez esse sirva: Um Drink do Inferno. E caso esse também não sirva, então um resumo básico: a série, original da Netflix, é uma recontagem do filme de Robert Rodriguez com o Tarantino, lançado em 1996. Os irmãos Gecko são bandidos e estão muito felizes com isso, pelo menos até a polícia chegar na sua cola e eles se envolverem com um clube noturno habitado por uma espécie de clã vampírico mexicano - e não são bem vampiros, mas quase chegam lá.



Seth e Richie são os tipos de personagens que você ama, independente de serem trambiqueiros traiçoeiros. O primeiro episódio é um dos melhores da série - só perdendo para a series finale - e tem uma das melhores introduções para a jornada dos Gecko. Daí para frente, é difícil desgrudar a atenção do computador.

Por ser uma produção da Netflix, já sabemos que qualidade não falta. A fotografia é uma das coisas mais deslumbrantes, com cenários desérticos, visuais trash e uma maquiagem fantástica. Los culebras, que são a parte sobrenatural da série, têm toda uma carga mitológica bem desenvolvida. Um dos pontos maravilhosos de From Dusk till Dawn é a importância do núcleo latino dentro da história; eles são o carro chefe para as desventuras dos irmãos Gecko. O que nos leva para o México e nos deixa lá, com as paisagens desertas maravilhosas e a cultura mexicana muito bem empregada no roteiro.

La diosa, que desenvolve o arco da primeira temporada, é a culebra divinizada dos sonhos de Riche. Ela busca sua ajuda para ser libertada e Meu Deus do Céu que Mulher Fodástica.




Aproveitando que comecei a falar da diosa, agora não paro mais. Santanico Pandemonium é o nome dela. Ela foi escravizada no passado - e bota passado nisso, uns 500 anos pra trás - por entidades mais poderosas que controlam o submundo dos culebras. Vista como uma deusa por adoradores fanáticos, Kisa, seu nome verdadeiro, só quer sua liberdade. E a jornada de empoderamento e de conquistas que essa mulher ganha com o passar dos episódios é de cair o queixo. O roteiro do arco dela é apaixonante, assim como a própria personagem. Kisa é poderosa, é dona de si e, a partir do momento em que se liberta, é um perigo para qualquer um que ouse ameaçar aqueles que ela ama.


 

From Dusk till Dawn tem muita força feminina, aliás. Eu poderia falar sobre todas as personagens incríveis que aparecem na história, mas vou focar na minha favorita de toda a série: Kate, que caiu de paraquedas na vida dos Gecko e acabou ganhando um desenvolvimento sombrio e desolador, mas não menos incrível que o da diosa.



De uma garotinha inocente e amedrontada até uma guerreira ameaçadora, Kate não perdeu as nuances de sua primeira aparição, e foi responsável por uma das cenas mais icônicas lá pro fim da série. Sua convivência com os irmãos Gecko se tornou quase uma relação familiar, especialmente com o Seth.


 

Ah, meu OTP. Ninguém se mexe que agora eu vou falar nele.

Eu amo ships que nascem de repente e se tornam a coisa mais importante da sua vida, mesmo tão sutis dentro do roteiro. Seth/Kate começou desse jeito e manteve-se assim até se tornar tão óbvio que pqp, você só queria que os dois se beijassem. Começando com hostilidade e então com confiança até devoção, o que Seth sente pela Kate é absurdamente evidente no olhar dele, e o da Kate você encontra porque ela ainda é a garota sentimental, mesmo com todos os baques emocionais, e Seth é uma das poucas coisas estáveis na vida dela. Ambos se quebram, mas eles também se reconstroem. É o tipo de ship onde um é a escuridão e o outro é a sua luz. É O TIPO DE OTP QUE PODERIA EXPLODIR SEU CORAÇÃO E VOCÊ AGRADECERIA.




Seth foi meu segundo personagem favorito dentro da série porque ele é a melhor pessoa. Em meio a culebras e maldições e deusas aprisionadas e lordes do submundo, ele é um dos poucos humanos a manter a sanidade através de sarcasmo e olhos revirando. Seth é uma versão mais explosiva do Han Solo e por isso tem meu amor eterno.


  

Sua convivência com os personagens, especialmente com Richie e Kate, é o que o tornava tão humano. O amor e a preocupação, ao mesmo tempo em que ele se retinha com medo de demonstrar sentimentos demais, construíram uma personalidade impecável. E, Deus do céu, como era bonito.


 

Richie é o completo oposto do Seth - e aqui eu digo: os irmãos Gecko são melhores que os irmãos Winchester, sem medo de ser feliz. A convivência entre os dois se dá através de patadas e "shut up, Richie" ou "fuck off, Seth" e abraços desesperados do tipo "pensei que tinha perdido você, seu idiota".





É o tipo de relação familiar que logo no primeiro episódio te convence; você sabe que eles são irmãos, você quer que os dois fiquem bem. Eles são trambiqueiros e criminosos, mas você os ama mesmo assim. E toda a loucura psicótica do Richie acaba nunca abandonando ele, mesmo quando ele encontra o seu lugar nessa luta inacabável no mundo dos culebras.


E eu shippei Richie/Kisa até o fim da série.

Outros personagens importantes e recorrentes ao arco principal compõe a trama da série. Carlos, Freddie, Scott, respectivamente, tiveram maior importância. Carlos era um dos escravos no clube, seguidor de Santanico e devoto à diosa mais do que tudo na vida. Ele é tanto um antagonista como neutro, o que te leva a odiá-lo e amá-lo dependendo das andanças da temporada. Freddie é o xerife que, assim como Kate e Scott, cai no mundo sobrenatural de paraquedas. Ele acaba se tornando aliado dos irmãos Gecko em determinado momento da série, mas antes disso está determinado a caçá-los pelos crimes que deixaram para trás. Scott, por fim, irmão adotivo de Kate, é uma figura meio aleatória nos meus sentimentos, mas é impossível não notar o quanto ele evoluiu como personagem - especialmente porque, no meio da segunda temporada, eu queria jogar a Lucille na cara dele.

A série tem bastante violência, mas é menos gráfica e mais trash - bastante fiel à produção original. Repito que a parte sobrenatural é muito bem utilizada, com foco especial na terceira temporada, dona do melhor arco de toda a série. São 10 episódios por season e garanto pra você: vale muito a pena.

2 comentários:

  1. Oi Dê! Tudo bem? Sou dessas tb que grito e obrigo os amigos a verem hehehehehehehe Eu adoro qualquer coisa com vampiros e já coloquei na minha lista da Netflix pra poder conferir em breve!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  2. A Netflix tá com tanta série nova que fica difícil escolher uma pra assistir. Quando decido, já tem umas 5 novas hahaha. Já tinha ouvido falar por cima dessa série em especial, mas adorei saber mais a fundo sobre o que se trata! Assim que arranjar um tempinho vou ver.

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/

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