Controle remoto: Snatch - Queria Estar Lendo

Controle remoto: Snatch

Publicado em 11 de jul. de 2017


Eu quero pedir a sua licença para fazer um merchandising básico da melhor série de 2017 - que, com a graça dos céus, foi renovada para uma segunda temporada - e que definitivamente merece estar na sua grade de séries. VÁ ASSISTIR SNATCH.

Baseada no filme de mesmo nome (Snatch: Porcos e Diamantes), a série fala sobre um grupo de amigos que acabaram de começar sua vida de crime. Eles acham que tiraram a sorte grande ao roubar um caminhão carregado de barras de ouro; mas esse roubo acaba por colocá-los no mundo do crime organizado, com chefões perigosos, ameaças de policiais corruptos e mafiosos internacionais. E até mesmo antigas tramas de família.

Com apenas dez episódios na primeira temporada - e um fim surpreendentemente fechadinho - Snatch usa de personagens carismáticos e um humor divertido para trabalhar a história. A ligação desse roubo no presente com as ditas tramas de família se faz através de curtos flashbacks que aparecem no começo de cada episódio; e quando as respostas chegam, é interessante notar como eles desenvolveram o caminho até elas.








O núcleo principal é formado por Albert, Charlie e Billy. Três vigaristas que entendem muito pouco da vida de crime, mas que estão tentando. Albert é o "líder" - seu pai era um ladrão respeitado, com carteirinha de criminoso organizado, e foi preso depois de um roubo falho. Enquanto espera o velho sair da cadeia, Albert faz de tudo para estar à altura dele - mesmo que não dê muito certo. Porque, minha nossa, que personagem azarado é menino Albert! Nunca vi mais sem sorte que ele. Absolutamente tudo que ele planejou e orquestrou deu muito errado - mas muito errado mesmo. Ainda assim, ele é o tipo de protagonista fácil de gostar; carismático, animado e simpático. Ele está ali pelos amigos e pela família, mais do que por ele mesmo. (E com licença que no meu headcanon ele é assexual, então tem mais um pontinho de amor).



Aliás, sua família: MARAVILHOSA. O pai, uma figura imponente cheia de histórias para contar, com um passado tenebroso marcado por roubos mirabolantes, e a mãe, que ficou para trás depois que o pai foi preso, criando o filho e carregando o legado. As interações entre os três foram excelentes; o tipo de sensação de família disfuncional que acaba funcionando muito bem junta.


 

 

 

Charlie é o melhor amigo, o companheiro para todas as horas. Ele tem muito de Rony Weasley, inclusive o ator que o interpreta. Não deu pra resistir a comparação, mas é verdade! Seu humor é irreverente e ele é atrapalhado na maior parte do tempo - causando a maior parte dos problemas do grupo - mas é gentil e bem intencionado, o que faz com que você perdoe as burradas que ele realiza. Charlie foi divertido e querido, o tipo de personagem que você se relaciona facilmente e quer proteger do mundo. Gostei de como a série desenvolveu a amizade dele e do Albert, claramente um bromance dos fortes, e de como os desentendimentos entre os dois foram condizentes com o rumo da história. Também adorei que não rolou forçação de barra no romance entre o Charlie e seu interesse amoroso, a Chloe. Foi algo natural, engraçado e que aconteceu com o tempo.





Por fim, o Billy. Foi o personagem que eu mais pouco me importei, para ser sincera. Apesar de o arco dele com os ciganos ser muito interessante, não gostei tanto do desenvolvimento e nem do seu romance com a Lotti. As cenas com os dois foram aquelas que eu aproveitava para checar o Facebook e outras redes sociais porque perdê-las não perdia nada da história principal. Regreto nada.

Os conflitos com o crime organizado foram a coisa mais interessante da série. Ver esses três patetas se metendo em brigas e quase uma guerra civil com chefões de Cuba e da Itália trouxe momentos cômicos impagáveis. É uma série bastante engraçada, apesar da carga dramática. Os personagens se levam a sério, mas o roteiro não. Mesmo os acontecimentos mais trágicos da vida do Albert foram bem equilibrados com momentos bem humorados; é aquela balança entre humor e drama que faz uma série valer a pena.

São só dez episódios e você pode ver isso num fim de semana só - palavra de escoteira, eu quase fiz isso. Só não fiz porque me segurei para não ter que esperar muito mais pela segunda temporada (óbvio que falhei terrivelmente, a série é muito boa, não dá pra parar!). Ela retorna em 2018, provavelmente com mais dez episódios e mais peripécias na vida desses azarados. Agora que o post acabou, vai lá assistir!

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