Resenha: O museu das coisas intangíveis - Queria Estar Lendo

Resenha: O museu das coisas intangíveis

Publicado em 22 de jan. de 2019


Resenha: O museu das coisas intangíveis

O Museu das Coisas Inatingíveis foi cedido em cortesia pela editora Novo Conceito e é escrito pela Wendy Munder. Ele conta a história de duas amigas: Zoe e Hannah moram em Nova Jersey, mas não são adolescentes comuns. Hannah é mais certinha e reservada, ainda é apaixonada pelo primeiro garoto que beijou, tem um pai alcoólatra e uma mãe com depressão. Ela trabalha em um carrinho de cachorro quente que o pai a fez comprar pois, apesar de ter o seu emprego, não acredita que a filha deveria fazer faculdade e se nega a pagar.
Sinopse: Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos. Entende a teoria da relatividade de Einstein e já leu todos os livros do Stephen Hawking. É obcecado pelo cosmo e fala constantemente sobre isso, sem nem mesmo perceber se você está escutando ou não. Apesar disso tudo, não consegue processar qualquer coisa irracional ou intangível. Emoções são um mistério para ele. Sonhar ou imaginar é algo totalmente estranho. Zoe, para ajudá-lo, criou para ele, o Museu das Coisas Intangíveis, com instalações conceituais artísticas complexas, improvisadas no porão de sua casa. Medo, inveja, coragem, despreocupação, verdade, perdão, vergonha: e tantos sentimentos que ela tenta ilustrar e definir para ele todos os dias. Zoe acredita que Hannah, sua melhor amiga, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida. Um dia, Zoe convence Hannah pegar a estrada juntas, e assim como fez com seu irmão, ela começa a expor sua amiga a situações que procuram mostrar o significado e o valor de todas essas coisas, fazendo com que ambas percebam o que realmente querem da vida.

Já Zoe é destemida, diagnosticada com transtorno de bipolaridade, mas não acredita nisso. Ela é a família de Hannah, já que o pai e a mãe são ausentes. Zoe tem um irmão extremamente inteligente capaz de entender a teoria da relatividade em minutos, mas que não é capaz de entender sentimentos. Por isso, Zoe faz para ele “O museu das coisas intangíveis” onde mostra com fotos e objetos de forma que ele entenda melhor os sentimentos.

Há um tempo, Zoe foi internada devido a um dos seus ataques de transtorno de bipolaridade. Hannah ficou desolada de ver a amiga naquela clínica, o tempo todo dopada e prometeu a si mesma que faria de tudo para que a amiga nunca mais ficasse daquele jeito. De lá para cá, elas criaram várias técnicas para Zoe não ter mais nenhum ataque. Mas, numa bela noite, um surto acontece.

Zoe fica vários dias sem sequer se levantar da cama e a mãe resolve que a melhor solução é interná-la novamente. Quando Zoe descobre isso, foge de casa e vai atrás de Hannah que não nega uma ajuda para a amiga. É aí que as duas fogem e começam uma aventura percorrendo os Estados Unidos.

Devo dizer que a viagem sem rumo me lembrou muito do livro Teorema Katherine. Hannah cresce muito durante a viagem, mas a maior parte do tempo, apesar do propósito ser o contrário, ela está preocupada com Zoe e querendo voltar para casa. Zoe vê tudo isso e ainda assim insiste na viagem e assusta Hannah em vários momentos, principalmente quando diz sobre deixá-la. 

Resenha: O museu das coisas intangíveis

Achei Zoe bem egoísta em vários momentos mesmo levando em conta o final. Ela te leva a acreditar em tudo que diz e que tudo que faz tem, no fundo, um propósito. A autora deixa uma ponta solta e um mistério no ar.

Esse comportamento todo de Zoe me irritou muito; ela sabia o quanto era importante para Hannah e apesar de não querer que a menina dependesse tanto dela, tinham outros modos de se fazer esse “afastamento”. Por outro lado, o sumiço de Hannah fez com que a mãe dela reagisse e tentasse melhorar, o que foi bom. 

Apesar de Zoe achar Hannah sem atitude e sem graça, Hannah é corajosa e enfrenta vários comentários babacas e machistas. Coisa que adorei na Hannah e acho que ela devia mostrar mais esse lado dela no livro, o que não aconteceu para minha decepção. 
- Então, as mulheres são as únicas culpadas? - pergunto.
- Sim - ele responde
- E não os homens que as deixam grávidas e não sustentam os filhos? Os homens têm o direito de ir embora e deixar os filhos serem sustentados pelo governo? Suponho que eles não queriam fazer sexo.  Eles forma enganados por essas mulheres traiçoeiras. Interessante.


De modo geral, a escrita não é cansativa, pelo contrário, quando eu reparava já tinha lido 100 páginas em pouco tempo. Um detalhe que achei bem cuidadoso, assim como as “mostras” no museu das coisas intangíveis do irmão de Zoe, o livro tem cada capítulo com o nome de um sentimento. Adoro quando os capítulos são nomeados dentro da temática. 

Título original: The museum of intangible things
Autora: Wendy Wunder
Editora: Novo conceito
Gênero: Ficção | Romance
Nota: 4
Skoob

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18 comentários:

  1. Oi, Raquel!
    Não conhecia o livro, mas amei essa capa. Nunca pensaria que se tratava dessa temática, mas parece ser bem interessante. Gosto quando os personagens mostram algum tipo de crescimento! Entrou para a lista de desejados.
    Beijinhos,

    Galáxia dos Desejos

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    1. Oii!
      Também não conhecia e pela sinopse achei que fosse bem diferente. A capa é linda, me chamou bastante atenção também.
      Espero que goste da leitura!
      Beijos

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  2. Oie
    É segunda resenha que leio deste livro, gosto deste enredo. Quero ler. Adoro essa capa, achei super bonita.

    Beijinhos
    https://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com

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    1. Todo mundo está elogiando demais a capa. O ilustrador ficou de parabéns!
      Espero que aproveite a leitura
      Beijos!

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  3. Oi, Raquel
    Eu já vi outra resenha bem ruim do livro, principalmente por causa da personagem Zoe. Apesar da nota e da capa serem lindas, eu não acho que perderia meu tempo, eu acho que passaria é raiva.

    Beijo
    http://www.capitulotreze.com.br/

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    1. A Zoe me irritou bastante, então te entendo por não querer ler. A capa é lida mesmo, capricharam!

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  4. Olá, Raquel.
    É uma pena que esse livro não se mostrou tão bom quanto o outro da autora publicado pela editora. Achei a Zoe bem chata e não gostei tanto do livro por causa dela. Já a Hannah é um amor e como disse na minha resenha é do tipo de pessoa que sofre a vida toda por ser muito boa hehe.

    Prefácio

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    1. A Zoe realmente é insuportável. Tive dó da Hannah várias vezes. Não sabia que ela tinha outro livro, esse foi o primeiro que li dela, vou dar uma olhada!

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  5. Oi Raquel!
    Nunca tinha visto esse livro!
    Gostei da capa, mas a história por agora não me encantou tanto ao ponto de dizer que leria!
    Que bom que a NC está retornando...
    Ps: marquei vcs numa tag lá no blog
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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    1. Oii!
      A capa é só elogios! Ficamos felizes com a Novo Conceito de volta também! Espero que 2019 ela esteja mais presente do que em 2018.
      Ai, obrigada pela lembrança! Vou conferir!
      Beijos!

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  6. Oi, Raquel!
    Eu acho essa capa maravilhosa, mas infelizmente a premissa da história não me interessa muito ><
    Beijos
    Balaio de Babados

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    1. Oii!
      Quando li a sinopse achei que era algo diferente, foi bem fora do que eu esperava, mas eu gostei.
      Beijos!

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  7. Oi Raquel, achei interessante a temática do livro e se a leitura é fácil melhor ainda, que dá pra ler rapidinho! Acho que vou gostar!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    1. Oii!
      Espero que goste do livro! Depois conta pra gente o que achou, ele está dividindo algumas opiniões aqui haha
      Beijos

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  8. Oi, Raquel

    Eu acho essa capa linda, mas bizarra. Um bizarro lindo! Hahahah
    Tenho visto resenhas com o mesmo tom da sua: não é ruim, mas também não é maravilhoso. E tem toda essa questão das personagens que acho que iriam pesar pra mim. Não sei se eu leria, certamente não o compraria. Se me dessem de presente, talvez eu desse uma chance.

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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    Respostas
    1. Oii!
      Fiquei bem dividida com o livro. Das duas personagens principais, uma não gostei, aí complica. Acho que também pesa o fato de eu ter vindo de uma leitura sensacional que foi Corações quebrados, se eu tivesse invertido, talvez tivesse gostado mais.
      Beijos

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  9. Oi Raquel!
    Eu fiquei curioso quanto a esse livro, embora tenha lido resenhas bem mais ou menos, dizendo que o assunto principal não seja bem trabalhado :( Ai fiquei com um pezinho atrás, mas ainda tenho lá minhas curiosidades. Não pela história em si, mas mais especificamente pela temática.
    As resenhas também comentavam sobre a chatice dessa personagem.


    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Oii!
      Esse livro está dividindo opiniões mesmo. Eu acho que é sempre válido, nunca acho perda de tempo uma leitura, mesmo que ruim, mesmo quando muita gente fala mal do livro. Se alguém fala bem, eu já tento!
      Beijos

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