Resenha: A Rainha Aprisionada - Queria Estar Lendo

Resenha: A Rainha Aprisionada

Publicado em 31 de mai. de 2019

Resenha: A Rainha Aprisionada

A Rainha Aprisionada é o segundo volume da série Iskari, publicada aqui pela Editora Seguinte - que cedeu este exemplar para resenha. Dando sequência aos acontecimentos de A Caçadora de Dragões, esse livro é independente enquanto segue outros personagens, mas também conectado à história principal para dar expansão ao universo de Kristen Ciccarelli.

Sinopse: No segundo volume da trilogia Iskari, uma nova heroína entra em cena para lutar pela liberdade de seu povo ― e de sua irmã ― em meio a um conflito que apenas começou. Firgaard foi governada durante décadas por um rei tirano e manipulador, capaz de condenar povos inteiros apenas para aumentar seu poder. Depois de uma grande batalha, Asha, sua filha, conseguiu derrotá-lo. E, assim, Dax, o primogênito, assumiu o poder ao lado de Roa, sua esposa. Roa é uma forasteira vinda das savanas ― um território sob o domínio de Firgaard, que há anos é oprimido e está prestes a entrar em colapso. O maior desejo da nova rainha, mesmo sabendo que não é bem-vinda em seu novo lar, é mudar a vida de seu povo. O que ela não esperava era encontrar uma chance de alterar o curso do destino e trazer de volta à vida sua irmã gêmea, Essie, morta quando criança em um terrível acidente. O único obstáculo? O novo rei.

Esta resenha pode conter alguns spoilers de A Caçadora de Dragões.

Depois de se aliar a Dax para libertar o reino dele do pai tirano, Roa se vê confrontada com uma única certeza: é a rainha de um povo estrangeiro que não respeita o seu próprio povo. Os nativos foram em muito subjugados pelo reino de Dax - agora pode ser que o horizonte apresente mudanças, com a coroa sobre a cabeça de uma nativa. Não que isso tenha animado o conselho ou mesmo alguns apoiadores de Dax. As intrigas políticas estão crescentes e parecem assombrar Roa cada vez mais.

Do outro lado da moeda, há sua irmã. Essie foi transformada em um falcão depois de morrer; seu espírito permaneceu preso àquela forma - mas parece haver uma maneira de trazê-la de volta. E Roa precisa confrontar a ideia de que, para ter quem ama ao seu lado novamente, talvez tenha que dar as costas a um futuro promissor.

A Rainha Aprisionada me ganhou nas primeiras páginas e assim a leitura fluiu até o fim. Diferente de A Caçadora de Dragões, que teve um ritmo mais problemático e enfadonho, esta sequência corrigiu todos os erros que eu tinha encontrado em seu antecessor e melhorou tudo que podia melhorar.

Resenha: A Rainha Aprisionada

O universo de Roa e seu povo é muito bem estabelecido; suas lendas, crenças, superstições, ritos. Tudo é devidamente apresentado em seu tempo e se desenvolve conforme conhecemos mais sobre a protagonista. As informações estão ali mais do que jogadas ou esquecidas, como um bom livro de fantasia precisa fazer para me ganhar.

Roa, por sua vez, foi uma protagonista bem interessante. Forte e determinada, apaixonada pelos costumes do próprio povo - devota a eles - estar em Fidgaard é estar entre desconhecidos. Mesmo que Dax tenha pertencido à sua infância, um amigo que se tornou um estranho e aliado, o mundo daquele reino é tão diferente que a perdição é tudo que Roa encontra.

- Quer saber a terceira regra de deuses e monstros? [...] Nunca subestime um tolo.

Gostei muito de acompanhar o desenvolvimento dela; seus traços ingênuos e temerosos funcionaram bem na trama principal - foram críveis, ainda que frustrantes - e sua determinação e amor pela irmã movendo-a através desse tabuleiro de poder me deixaram muito animada. Roa é uma personagem bastante humana, cheia de erros e acertos. Uma protagonista perfeita para esse tipo de história.

Dax, por sua vez, foi meu amorzão supremo. Um enigma, a princípio, que se desconstrói conforme Roa se permite aproximar dele. O que imaginamos sobre o rei-dragão não bate com o que seu coração carrega; um garoto atencioso e gentil que entende dos jogos de poder melhor do que ninguém. Dax me surpreendeu mesmo quando eu achava que não tinha mais onde surpreender.

E ah, o ship! QUE SHIP LINDO AJFSABIGASBASUO QUE SAUDADES DE LER ALGO ASSIM. É um slow burn + hate do love perfeito e ainda resgata uns sofrimentos da infância deles, de quando eles se afastaram.

Resenha: A Rainha Aprisionada

A parte mitológica se fez muito presente e enriqueceu bastante a narrativa; deu vida à história da Essie e da Roa. A lenda da Tecelã e como isso se entrelaçava com a das irmãs me encheu os olhos. Queria ter lido mais a respeito do tal murmúrio, maaaas não acho um defeito exatamente por ser algo desconhecido às duas também - e não era o foco.

A edição da Seguinte está linda e impecável e eu sou apaixonada pela releitura das capas aqui do Brasil - essa, em particular, fala muito da história da Essie e da Roa e combina demais com todas as emoções que o livro vai passar!

Resenha: A Rainha Aprisionada

A Rainha Aprisionada é uma sequência espetacular - tenha você gostado ou não do primeiro volume, é o tipo de livro que vale a pena ler; a narrativa te fisga e não te solta e você vai rir e se emocionar com a coragem dessa rainha estrangeira.

Título original: The Caged Queen
Autor: Kristen Ciccarelli
Tradução: Eric Novello
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia | YA
Nota: 5 +
Skoob

4 comentários:

  1. Oi, Nizz!
    Roa e Dax meus próprios filhos!! A única coisa que não curti foi o final um tanto corrido na minha opinião. De resto, pisa com dignidade. Dá vontade né, @Caçadora de Dragões????
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. Olá, Denise.
    Fiquei mais animada lendo a sua resenha. Porque infelizmente eu só li resenhas que se decepcionaram com o primeiro livro e como eu estava querendo muito ler ele e com medo de me decepcionar também acabei não lendo. Mas agora até me animei a ler os dois.

    Prefácio

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  3. Oi Denise! Eu ainda não li, mas parece que esse é melhor que o primeiro. Roa me parece uma personagem bem interessante!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  4. Oi, Denise

    Que bom que este volume compensou o primeiro. Eu até queria ler quando o primeiro foi anunciado na Bienal de 2017, mas aí mudaram para aquela capa horrorosa e metade da minha vontade de ler foi embora. Daí começou a surgir só resenha bomba... desisti! Hahahah
    Em compensação, tenho lido boas resenhas deste segundo, como a sua. Entretanto, como não pretendo ler o primeiro e gosto de ler na ordem mesmo sem ligação direta entre as histórias, vou ter que deixar passar.

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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