The Stand é uma das mais recentes adaptações do Stephen King. Dessa vez, dando vida ao livro A Dança da Morte, uma história apocalíptica sobre um vírus que devastou quase por completo a humanidade - abrindo caminho para o juízo final e as entidades que vêm com ele.
Com nove episódios de 50min a 1 hora cada, The Stand é uma minissérie instigante e tensa do começo ao fim. Apesar da curiosidade de conferir o original, o tamanho do calhamaço do King - 1248 páginas - sempre me impediu, então fico aqui com a esperança de que tenha sido uma adaptação digna. Ou o mais próximo disso, pelo menos, porque ela é muito boa.
A história acompanha diferentes personagens em diferentes situações com o começo do fim do mundo; a doença que devasta a humanidade é rápida e fatal e poucos são imunes a elas. Uma filha, um amigo, um garoto estranho e solitário, um prisioneiro, um peregrino; e por aí vai. O leque de personagens tem aquela vibe das histórias boas do King, com diferentes tipos de personalidades misturados em uma situação extrema.
O que dá gosto de acompanhar, porque tédio é uma palavra que nunca entra nos episódios. Nem mesmo naqueles mais arrastados, que são usados para contextualizar e nos apresentar às situações.
Não apenas um apocalipse viral, esse também é um apocalipse sobrenatural, porque o Homem de Preto, conhecido como Randall Flagg, (Alexander Skarsgard) está pelas ruas conquistando seguidores, enquanto a Mãe Abagail (Whoopi Goldberg) fala por Deus para tentar salvar os que não foram tentados pelo mal.
Com isso, The Stand desenvolve nove episódios de sobrevivência, resistência e uma guerra silenciosa entre a salvação e a condenação eterna. Flagg e a Mãe Abagail são figuras extremas oferecendo o que seus lados têm a oferecer; as escolhas ficam por conta dos personagens ao seu redor. E, como eu disse, são muitos, de todos os tipos de personalidades e vivências.
A Mãe tem ao seu lado cinco escolhidos, e eles precisam fazer escolhas que podem salvar ou condenar toda a sua comunidade. Flagg tem seus capachos, pessoas que se dobraram aos prazeres rápidos oferecidos pela Nova Las Vegas - o novo inferno, digamos assim - a fim de adorá-lo.
Eu gostei muito das camadas cinzentas que alguns personagens apresentavam, e também de ver os extremos bem trabalhados. Enquanto, do lado da Mãe, temos níveis de bondade e altruísmo diferentes (com Nick, por exemplo, representando o fiel mais apaixonado e dedicado, e Stu, o líder comedido), do lado de Flagg vemos a adoração, lentamente, se transformar em medo. E o medo é um instrumento frágil.
Todos os atores se saem muito bem em seus papéis, com destaque pro Owen Teague interpretando Harold, o garoto esquisito que lentamente mostra sua verdadeira face - um completo terror até o fim da história. O vilão do Alexander Skarsgard está de parabéns por todo carisma e charme que me fizeram pensar "Putz diria sim pra ele na hora" porque né... Olha esse homem. A Mãe Abagail da Whoopi é um sopro de esperança, especialmente nos momentos mais tensos e desesperadores da trama.
Honestamente, nem vi o tempo passar enquanto assistia. Acho que a única coisa que The Stand pecou, pelo menos pra minha paciência, foi na season finale. Dois personagens tomam umas decisões que, dentro do contexto todo, são muito estúpidas e burras. E eles tinham sido razoáveis e racionais até então! A vontade de gritar que eu fiquei com uma cena específica não tá em mim.
No mais, foram ótimos nove episódios. Tem muita violência e alguns gatilhos de estupro e suicídio, então fica o aviso pra quem for assistir.
The Stand está disponível no Prime, através do streaming Starz que tem dentro da plataforma - você assina extra e todos os filmes e séries da Starz ficam disponíveis pra você. Tem teste grátis de sete dias, caso queira tentar.
Oi Denise, eu tenho dificuldade com séries com longos episódios, mas se tratando de King e se vc diz que o tédio não existe, vou me arriscar!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Ooi, adorei sabe dessa novidade, com certeza vou querer assistir.
ResponderExcluirBeijos!
https://deliriosdeumaliteraria.blogspot.com/?m=1