Controle remoto: Shadow and Bone - Queria Estar Lendo

Controle remoto: Shadow and Bone

Publicado em 24 de abr. de 2021

Controle remoto: Shadow and Bone

Shadow and Bone (Sombra e Ossos) estreou ontem na Netflix, trazendo uma adaptação do universo Grisha criado pela Leigh Bardugo. Sombria, cativante e enérgica, essa é uma primeira temporada perfeita para abrir portas para um novo universo que vai ganhar o mundo.

Esse controle remoto NÃO tem spoilers, pode ler sem medo!

Senta que lá vem uma resenha gigante porque eu tenho muito que exaltar nessa primeira temporada. Meus sonhos foram realizados, sonhos que eu nem imaginava que tinha foram realizados, promessas de futuros sonhos a se realizar foram deixados para mim.

Adaptando os eventos de Sombra e Ossos e um prequel de Six of Crows, essa série chegou com dois socos no meu emocional e assim permaneceu até o fim. Foi perfeita, incomparável, cheia de surtos, fanservice, uma fanfic (mas uma fanfic muito bem feita!) e tudo que eu precisava para salvar 2021.

A construção do universo é gradual e apresenta os países, suas culturas e diferenças, devagar, dando tempo ao espectador de entender o que é esse universo, o que é Ravka, Fjerda, Shu Han, Ketterdam e tantos outros lugares. A Dobra das Sombras, inclusive, que é um ponto essencial para o desenrolar da trama, tem tanta importância quanto os países; desde sua origem - que, quando é explicada, é assombrosamente bem feito - até os perigos que oferece atualmente.


No protagonismo, temos Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma cartógrafa que se arrisca a atravessar a Dobra das Sombras para acompanhar seu melhor amigo, Maly Oretsev (Archie Renaux), outro que divide muito momento em tela e pode ser chamado de protagonista também.

Na Dobra, Alina se descobre a Conjuradora do Sol - uma lenda antiga de Ravka que fala sobre alguém capaz de controlar a luz e, assim, dar fim ao tormento sombrio que rasga o mapa em dois.

Eu esperei a minha vida inteira como fã do Grishaverso para gritar isso, porque Malina está IMPECÁVEL. Eles pegaram todos os pontos chatos e problemáticos do relacionamento entre eles, especialmente do Maly, e consertaram. Eles transformaram o Maly em outro personagem - um cara empático, companheiro, extremamente preocupado em estar ali pela Alina, disposto a atravessar mundos e perigos mortíferos por ela - e isso tornou sua jornada muito gratificante.

Junto a Alina e os Corvos, Maly tem os melhores plots da temporada. Juntos, ele e Alina são gentis, atenciosos e fofos a ponto de eu chorar de derreter com várias cenas. Separados, vivem suas tormentas e provações e estão sempre, de alguma maneira, conectados. Através do passado - que é belamente mostrado nos flashbacks no orfanato em Keramzin -, e de tudo que eles têm vivido desde a travessia na Dobra.


Eu amei, amei, amei. Foi tudo que eu queria ver. Me emocionei com o Maly e com a atuação do Archie, que deu tanta vida e simpatia e coragem ao olhar do personagem; me apaixonei pela Alina da Jessie, que é corajosa, mas igualmente amedrontada pelo que tem que confrontar, e que vai entendendo, lentamente, a luta que tem pela frente como a Conjuradora do Sol.

Jessie é minha santa maravilhosa perfeita incrível talentosa cheia de poder eu A AMO!

Do começo ao fim, meu coração Malina ficou em paz porque esse era o ship que eu queria ver. Essa era a amizade se transformando em algo mais intenso que eu pedi aos deuses.

Eu não consigo parar de pensar em como é tudo perfeito e bem desenvolvido e como arrumaram os problemas no relacionamento. O Maly todo maduro e atencioso, vendo a Alina como ela é, respeitando quem ela se tornou, mostrando o quanto se importa - o quanto está disposto a fazer de tudo por ela. E a Alina, o quanto ela vê no Maly o seu lar. Eu morri. EU MORRI E FUI PRO CÉU COM ELES!




No núcleo da Alina, também, tem outra peça-chave da história que é o General Kirigan - Darkling para os íntimos. Interpretado pelo Ben Barnes - que prova, mais uma vez, que sabe interpretar um vilão gostoso que vai me fazer querer socar a cara dele em algum momento - o Darkling é imponente, misterioso e medonho quando precisa ser.


Em momento algum, mesmo quando ele mostrava vulnerabilidade, eu me senti confortável com a sua presença. Sempre tinha uma sombra por trás, a sensação de que havia mais dele a conhecer, muito mais a temer; eu gostei muito do desenvolvimento do personagem até a explosão que ele se mostrou nos episódios finais. Foi enérgico, foi amedrontador e foi digno de um vilão como ele é. Só me deixa ansiosa para ver mais das facetas do Darkling.

E não, eu não cheguei nem perto de sentir qualquer coisa por Darklina. Eu quero ele longe do meu nenê.

Outros personagens vêm e vão, como a Genya (Daisy Head), Zoya (Sujaya Dasgupta), David (Luke Pasqualino) e nomes importantes nos livros que ganham seu devido destaque nas cenas que precisam estar ali. A Zoya, um pouco apagada no começo da série, ganha seus momentos mais legais no fim dela.

Todo esse núcleo lá em Os Alta - capital de Ravka - e nos paralelos com a Dobra e o que se desdobra (ba tum tss) da treta lá é ricamente ilustrado por uma produção de arte de tirar o fôlego. Os efeitos especiais estão absurdos, com as conjurações muito bem apresentadas em suas diferentes formas (a do Darkling uma das mais visualmente impressionantes, e a da Alina a mais bonita), os cenários são ricos (o Pequeno Palácio é a coisa mais linda DO MUNDO!) e o figurino é de babar. Os keftas, roupas especiais usadas pelos Grishas, são incríveis.


Do outro lado do mapa, temos Ketterdam - e, sim, nossos Corvos. Kaz Brekker, Inej Ghafa e Jesper Fahey roubam toda cena em que aparecem.

Eu tive medo de como seria o entrelaçar da trama deles com a trilogia, e não é que ficou muito boa e crível? É claro que os Corvos iam tentar roubar a Santa do Sol!

Kaz (Freddy Carter) é tudo para mim. Frio e calculista, com uma expressão dura e sobrancelhas bem arqueadas que fazem ele parecer sempre bravo e indignado, tem seus momentos mais frágeis nos pontos certos da trama. Eu o amo, amo a maneira com que o Freddy resolveu dar vida ao personagem, seus diálogos e conflitos.

Inej (Amita Suman) é minha Espectro saída diretamente das páginas. O modo como a história abordou sua fé foi lindo - especialmente algumas cenas lá no episódio 5 e no 8 - e emocionante. Falou muito sobre a personagem com cenas rápidas, mas muito significativas. Sua destreza e coração de ouro, dois pontos importantíssimos, também são bem apresentados e usados no desenrolar da história.

E Jesper (Kit Young)... Falando em ter saído das páginas, eis um personagem em carne e osso que saiu da minha cabeça. O Kit incorporou o Jesper em tudo; seus trejeitos, seus sorrisinhos debochados, as piadas e os momentos sérios, sua habilidade com as pistolas. Sua sexualidade, também, que foi mostrada com a naturalidade devida e ainda rendeu umas cenas ótimas para conhecermos mais do jeitinho do personagem.


Ansiosa para ver seus flertes dirigidos para um certo bombardeiro nerd.

Os três formam um grupo carismático, e é tão bom vê-los em cena. Como a apaixonada por Six of Crows que sou, foi um sonho realizado; eles têm muita energia e bom humor - o que me surpreendeu positivamente! - e vivem umas trapalhadas dignas dos Corvos mesmo. Quando passam por situações extremas, estão ali um pelo outro.

E Ketterdam! Que espetáculo visual eles fizeram com essa cidade caótica e deslumbrante. O pouco que vemos é suficiente para nos transportar pra duologia, e óbvio que só nos deixa sedentos por mais. Ah, e eu preciso gritar aqui: KAZINEJ!

Não vou falar mais nada a respeito dos dois, mas se vocês os ama, prepare-se para derrames.

Só isso.

Por fim, o último núcleo, que é tão rápido que nem chega a ser um núcleo mesmo, é o da Nina (Danielle Galligan) e do Matthias (Calahan Skogman) - e é minha única crítica à série. Eu queria muito ver como abordariam os flashbacks dos dois na série, mas foi tão, tão apressado que não deu pra acompanhar a profundidade deles no livro. Especialmente por ser um ship tão complicado, com toda a questão de crenças e lavagem cerebral do Matthias, foi muito apressado. Podiam ter levado mais tempo para tornar mais crível, mas acabou deixando superficial demais. Então não, não curti.

O fim de Shadow and Bone deixa um gancho fantástico para mais, muito mais. Com a promessa de personagens carismáticos que amamos tanto podendo chegar na segunda temporada, fica aqui meu apelo: se você gosta de fantasia ou de personagens carismáticos ou de história sobre corações grandiosos e feitos inesquecíveis - ou tudo isso junto - assista essa série!

8 comentários:

  1. Oi Denise,
    Hoje é dia de maratona aqui em casa!
    Já separamos a pipoca e vamos fazer bolo de cenoura para sobreviver as 8h seguidas de série.
    Estou empolgada! \o/
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  2. Oi, Denise
    Eu tô tão perdida que nem sabia que tinha sido lançada ainda KKK Infelizmente não li a história e a série não me interessa tanto, mas ainda vou dar uma chance para a Badurgo para descobrir mais sobre a escrita dela depois de tantos elogios.
    Beijo!
    https://capitulotreze.com.br/

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  3. Estou tão ansiosa para ver essa série que nem sei haha. Só estou esperando uma folga para sentar e maratonar de uma vez, mas estou adorando ver elogios sobre ela.

    Bjs

    Imersão Literária

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  4. Oi Denise, tudo bem? Infelizmente, minha experiência não foi a mesma, mas eu adoro Darkling e achei a série muito bem produzida!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Oie
    Não li os livros, mas estou vendo muitos comentários sobre esta série que está me dando vontade de assistir. Adoreiii seus comentários sobre.

    Beijinhos
    https://tecendoaliteratura.blogspot.com/2021/04/volteii-com-novidade.html

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  6. Oi Denise! Eu terminei a leitura da trilogia ontem e hoje começo ver a série. Maly tem sido elogiado na adaptação, espero que eu goste dele, no livro não vi nada de fantástico nele. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  7. Oi Denise, tudo bem?

    Não li os livros, mas vou dar uma chance a adaptação da Netflix por conta das boas críticas e não nego porque tenho um crush antigo pelo Ben Barnes (rs...). Se eu gostar da série, pretendo dar uma chance aos livros.

    Beijos;***
    Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.

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  8. Oi Denise,

    Graças ao céus eles consertaram o Maly na série!
    Eu simplesmente amei os crows, gente... eles literalmente saíram dos livros e estavam ali na telinha. Realmente os atores foram impecáveis! A série me agradou muito e foi melhor do que imaginava. Todas as partes chatas do livro foram arrumadas e ficou PERFEITO!
    Só aguardando a renovação!


    Bjs
    https://diariodoslivrosblog.blogspot.com/

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