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Controle remoto: Mare of Easttown

Publicado em 19 de jul. de 2021

Controle remoto: Mare of Easttown

Mare of Easttown é uma minissérie da HBO que muito ouvi falar e, de curiosa, fui assistir. E não é que uma baita de uma história envolvente, tensa e extremamente bem conduzida?

A história se passa na cidade de Easttown. A detetive investigativa, Mare (Kate Winslet) está vivendo momentos muito conturbados em sua vida. Problemas familiares pesadíssimos e a pressão do trabalho, uma vez que faz um ano do desaparecimento de uma garota e a polícia não conseguiu, até aquele momento, determinar o que de fato havia acontecido com ela.

Quando outro assassinato perturba a pacata rotina da cidade, é Mare que recebe o trabalho de investigá-lo. Uma garota foi morta em circunstâncias misteriosas, e parece mais um caso para perturbar a já perturbada detetive. Especialmente com as reviravoltas que vão chegar através desse incidente terrível.

Mare of Easttown é muito difícil de explicar ou comentar porque a graça está justamente no suspense. E que suspense bem trabalhado!

O clima da minissérie é pesado o tempo todo. Seja na trilha sonora, na iluminação, no cenário; a condução de tudo que acontece serve para causar apreensão, aquela sensação incômoda de que você está assistindo alguma coisa que não está em paz, sabe?

Acho que 50% do peso da série está na Mare, e, puta que pariu, como a Kate Winslet está monstruosamente brilhante no papel. Sua personagem é fria, carrancuda, claramente de mal com quase tudo ao seu redor; nos poucos momentos em que se mostra um pouco mais leve, ainda tem aquele peso em seu olhar, no semblante duro.

Controle remoto: Mare of Easttown

É hipnótico assistir ela dar vida pra Mare, e prende a gente justamente com essa atuação. O resto do elenco também é fenomenal, entregando tudo o que seus personagens precisam e mais - como a mãe da Mare, interpretada pela atriz Jean Smart, que é cômica e desinibida e de repente se desmancha em uma cena dramática que aperta o nosso peito.

Mas nossa, a Kate. Ela entregou tudo e mais um pouco. Especialmente nas cenas de maior vulnerabilidade da Mare; quando ela fala sobre luto e perda, Cristo amado. Que atuação.

Eu também adorei o Colin do Evan Peters. É o detetive que vem de fora pra ajudar na investigação e é um completo contrapeso à dureza e frieza da Mare. O Colin é um doce, atencioso, curioso e dedicado, e é maravilhoso assistir o sorriso dele contra a expressão de pedra da Mare.

A minissérie se conduz através dos dramas não só da Mare, mas das personagens ao seu redor. Todo mundo que aparece em tela tem importância. Todo mundo é essencial.

O suspense é de roer as unhas, e a história vai manter a imersão da falta de respostas e da crescente de mistérios até chegar a hora certa de jogar um balde de água fria em você. E te garanto que, quando menos esperar, mais baldes virão.

Mare of Easttown é brilhante, do começo ao fim. Entrega diálogos impactantes sobre luto e perda, sobre superação e trauma. É uma história sobre uma mulher atormentada, sobre uma cidade atormentada, sobre a tormenta em todas as suas formas. Vale a pena demais conferir.


2 comentários:

  1. Olá, Denise.
    Eu amo um suspense nesse estilo e assistiria com certeza se assinasse. A Kate arrasa em tudo o que faz, tem coisas que nem me interesso e quero assistir só por causa dela hehe.

    Prefácio

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  2. Oi Denise,

    Eu gosto bastante da atriz, então por ela já assistiria, mas o enredo também me chamou atenção.
    Vou deixar anotadinho aqui com certeza.


    Bjs e uma boa semana!
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