Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (série de TV) - Queria Estar Lendo

Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (série de TV)

Publicado em 4 de mai. de 2023

Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (séried de TV)

Daisy Jones and the Six, série da Amazon Prime, foi uma das mais aguardadas por mim nos últimos 5 anos. Eu estava vibrando a cada anúncio a respeito dela. Mas no fim, acabei assistindo ela apenas quando todos os episódios já tinham sido lançados. 

A historia da série de Daisy Jones and the Six segue a mesma do livro homônimo de Taylor Jenkins Reid: 

Uma banda de rock dos anos 70 que acaba no auge da fama, sem nunca dizer o motivo. Até o dia em que um documentário começa a ser feito e todas as verdades vem a tona.

Na série, o documentário é feito 20 anos depois (e não 40), mas mantém a mesma ideia do livro, com as entrevistas e os flashbacks do passado. Eu achava que o modelo ia funcionar melhor na série do que no livro. Mas pra mim, as entrevistas acabavam quebrando o ritmo da história em alguns momentos.

Sam Clafflin e Riley Keough estão perfeitos como Billy e Daisy. Acho que a conexão deles ficou muito mais clara do que nos livros. No livro a gente lida muito com disse não disse, já a série teve que escolher alguns caminhos para poder contar uma história coesa. Então acabou ficando muito mais transparente o relacionamento deles e o que sentiam - e como sentiam - um pelo outro.

Também acho que a série deixou muito mais na cara como o Billy e a Daisy eram um espelho e como dificultava e aproximava a relação deles - o que gostei bastante. Ficou intenso, como deveria ser.

Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (séried de TV)

Também gostei muito da Camilla. Ela já é um destaque pra mim no livro, mas na série ela ganhou muito mais vida e humanidade. Gostei mais de como ela se defende e de como ela não aceitava toda e qualquer coisa vinda do Billy "em nome da família". Parece que ela tinha mais noção de que ela, como ser humano, merecia mais respeito.

Graham e Karen também ficaram ótimos. E nem a carinha de neném do Graham me impediu de odiar ele com a força de mil sóis naquele fim, quando ele diz AQUILO pra Karen, em um momento tão vulnerável.

(também passei raiva com o fim da Karen tudo de novo, tal qual o livro)

E o Warren... O que dizer do Warren? Simplesmente maravilhoso. O coitado só queria fazer música e pegar mulher e foi parar no meio dessa maluquice, viu. Também gostei muito da Simone e do destaque que ela ganhou. A amizade dela e da Daisy ficou ainda mais incrível e foi ótimo poder saber mais dela.

Amei as mudanças que fizeram - e que condiz tão bem com a vida dela como uma ícone disco, em uma época onde a música disco ainda era tão marginalizada.

No entanto, eu tenho algumas reclamações!

Vi que algumas pessoas falaram que a série ficou ainda melhor que o livro e eu discordo. Especialmente com o fim. Não acho que tinha necessidade para aquela última cena, ninguém é burro, todo mundo podia imaginar. Senti que a série foi tão boa quanto o livro, mas em comparação, faltou um pouco de raiva.

Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (séried de TV)

Raiva vinda da Daisy e do Billy, mais explosões. 

O livro tem muito esse sentimento de que você nunca sabe o que vai acontecendo quando a Daisy e o Billy se encontram. Você nunca sabe se hoje não é o dia que ela vai ter uma overdose ou que o Billy e o Eddie vão sair no soco - inclusive, Eddie bem apagadinho na série, só deu uma aparecida maior no fim.

E na série faltou um pouco disso. Inclusive nas músicas. Acho que o que mais me desagradou foram as músicas. Por si só, eu gostei. E assistindo a série, você entende porque elas são como são. Mas em comparação ao que a gente esperava, depois de ler o livro, fiquei decepcionada.

Aurora está longe de ser uma música sobre redenção, sobre lar. Inclusive, a música oficial ficou bem ruim de ouvir, só consegui escutar ela de verdade na série. Regret Me perdeu aquele ódio palpável da Daisy escrevendo "when you think of me I hope it ruins rock'n'roll" e pareceu mais uma birra.

E Honeycomb? A música ficou ótima e eu entendo o que ela significa na série. Mas poxa vida, tudo que eu queria era a baladinha romântica cheia de promessas e esperança de futuro.

Acho que a única que eu realmente gostei e senti que fazia muito sentido com a história foi Please, que te promete tudo, se segura em desejo até o fim, nunca soltando. Acho que ela representa muito bem o que é a história de Daisy Jones and the Six - e quase não aparece na série.

Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (séried de TV)

Também sinto que a série esqueceu que a Daisy estava chapada em grande parte da história. Quando falaram que a série tinha suavizado isso, imaginei que estavam exagerando. Mas foi bem isso. Mostram no primeiro episódio e depois esquecem quase por completo até os últimos.

Então em vez de criar um padrão de uso que vai aumentando até culminar no que rolou, parece que a Daisy simplesmente descaralha de um momento pra outro.

Apesar disso, gosto muito que mantiveram a Daisy generosa, que não vai se encaixar em um padrão só porque os outros querem. A pessoa genuinamente boa que ela sempre foi e que muita gente esquece só porque ela também era uma viciada e tinha uma péssima relação com o Billy. E se a gente for bem sincera, ela podia ter tido uma relação muito melhor com o Billy se ele não fosse o grandíssimo babaca que era e aceitasse ela.

Enfim, é uma série que eu recomendo. Foi boa de acompanhar, eu gostei dos personagens - até gostei um pouco do Billy e do Graham, que absolutamente não me descem no livro.

Quem curtiu o livro acho que vai sim curtir a série. Como vi falarem: ela mudou muito o livro, mas ao mesmo tempo foi muito fiel. E quem não tem interesse em ler o livro, mas tem curiosidade com a história, a série cobre isso bem.

Deixo você com o trailer:


Controle Remoto: Daisy Jones and the Six (séried de TV)

Um comentário:

  1. Eu nunca vi uma produção com tanta mudança e ainda assim se manter fiel ao livro kkkkkkkkkkk no geral, eu gostei bastante e entendo tuas revoltas.
    https://www.balaiodebabados.com.br/

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