Resenha: A Marca de Atena - Rick Riordan - Queria Estar Lendo

Resenha: A Marca de Atena - Rick Riordan

Publicado em 4 de abr. de 2025

Resenha: A Marca de Atena - Rick Riordan

Com um grande atraso, seguimos nas resenhas da série Os Heróis de Olimpo, do Rick Riordan, com o terceiro (e mais desolador) volume da série que é A Marca de Atena.

Conheça os livros anteriores da série:

Esta resenha vai conter spoilers do que já rolou em Os Heróis do Olimpo.

Depois de dois livros com os sete semideuses da Grande Profecia separados, dois filhos de deuses grandes desmemoriados, temos um reencontro. E esse reencontro não poderia ser mais caótico, porque um incidente os força a fugir do Acampamento Júpiter e parece o pontapé para a eminente guerra entre gregos e romanos.

Agora, eles precisam zarpar para Roma porque uma profecia menor os está guiando, além da busca por um amigo que está com os dias contados. Essa profecia fala a Marca de Atena e uma jornada que Annabeth, sua filha, vai precisar percorrer sozinha. Claro que o caminho até Roma é cheio de obstáculos porque a vida de um semideus não é fácil, imagine de sete. E claro que tudo vai tentar atrapalhá-los de alcançar seu amigo desaparecido e de permitir que Annabeth viva sua grande provação.

A Marca de Atena é um baque. Eu me lembro perfeitamente de quando li, no Ensino Médio, e de como fiquei olhando pra parede, em choque, com o final. A minha reação agora não foi diferente.

O tio Rick ele sabe exatamente como instigar. A fórmula é a mesma, mas o carisma é extraordinário e as reviravoltas, totalmente inesperadas. Junte isso à sensação de urgência que o livro passa e você entende porque eu o citei como o mais desolador da série.

Os Heróis do Olimpo é uma jornada bem mais madura de personagens conhecidos e dos novos rostos que o Riordan trouxe pra saga. Aqui, temos todos eles reunidos, então ao mesmo tempo em que vemos a união se formando, também vemos as batalhas de egos e de lideranças aparecendo.

Afinal de contas, temos um filho de Júpiter e um filho de Poseidon no mesmo time. Jason e Percy são maduros, mas depende. Ainda são adolescentes, filhos de grandes deuses, querendo se provar; os percalços que aparecem em seu caminho os desafiam a bater de frente um contra o outro - só para atrapalhar - quando a força está na união.

Eu não sei nem o que dizer sobre o Percy de tanto que eu amo esse menino. É meu filho, gente. Eu vi crescer, vi se destrambelhar para salvar o mundo na Guerra dos Titãs, e agora tem outro infortúnio no caminho dele.

Ainda assim, o Cabeça de Alga segue otimista, com um coração de ouro e uma lealdade ferrenha aos amigos. A Annabeth, principalmente, nesse livro em questão. Porque é dela a jornada mais tensa.

A Marca de Atena assombra a nossa heroína desde o começo, e fica aquele clima de nervosismo porque "o que é isso, afinal?". Quando a gente entende, dá mais nervosismo ainda. E desespero. E a sensação de que "o Riordan não vai ter coragem, né?" e é claro que ele tem.

Se você nunca leu esse livro, leia o final com o próximo em mãos. É tudo o que eu te digo.

Eu amo a relação da Annabeth e do Percy. É certamente um dos relacionamentos mais fofos e realistas que eu já li; eles se amam, eles se entendem, eles querem proteger um ao outro mais do que tudo, e acreditam no potencial um do outro acima de qualquer coisa. É muito amor de acompanhar.

Além deles, temos nossos protagonistas: Jason, Piper, Leo, Hazel e Frank. E o treinador Hedge de coadjuvante "alívio cômico" todo estressado e violento.

Resenha: A Marca de Atena - Rick Riordan

Jason, como eu disse, está vivendo os dilemas de ver sua liderança desafiada pelo Percy - não no sentido de "eu mando aqui" e sim porque ele também é uma presença poderosa. Ele também inspira confiança, do tipo que te faz querer seguir até o fim do mundo. E esse era o papel do Jason até então.

Eu não entendo como não conseguem gostar do Jason, honestamente. Ele é um doce de menino, corajoso e esperto e um pouco donzelo em perigo o tempo todo - o que torna tudo engraçado porque é o filho de Júpiter que vive desmaiando e precisando ser resgatado. Ele também é muito leal aos seus princípios e amigos.

Um herói que, nesse livro, precisa entender a dividir espaço com os outros, a confiar naqueles que não pertenciam à sua realidade. Só assim eles vão vencer os Gigantes.

Piper é maravilhosa e é isto. Ela é forte, corajosa e brilhante. É uma filha de Afrodite na perspicácia e no desenvolvimento e no modo como coloca o coração em tudo que faz.

Leo, por outro lado, vive um momento complicado logo no começo e isso meio que move a necessidade dele de se provar e de se validar naquele grupo. Eu adoro esse menino com todo o meu coração; assim como os outros, tem muita coragem e lealdade no Leo, mas um pouquinho de inveja e medo por ver que se não se encaixa exatamente em nenhuma parte do grupo.

Hazel e Frank não estão em tanto destaque na história, ainda que dividam bons momentos com o Leo. A Hazel tá vivendo em tensão e medo por causa do desaparecimento do seu irmão e da busca por ele, enquanto o Frank tenta se manter estável por ela - com o tique-taque da sua maldição o acompanhando.

Apesar de ficarem de fundo nos pontos de vista, eles ainda são essenciais, como todo mundo. Cada semideus tem seu grande momento no decorrer do livro; cada arco leva a uma revelação e reviravolta que você não tinha visto se aproximando.

Resenha: A Marca de Atena - Rick Riordan

Com um final de cair o queixo e te deixar gritando O QUÊ?, A Marca de Atena é um dos livros mais frenéticos e de causar taquicardia que o Riordan já escreveu. É um pontapé muito surpreendente para o próximo volume, e deixa no ar uma questão: se ele fez isso no fim desse, o que vem por aí?

Sinopse: Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. A bordo do Argo II com os amigos Jason, Piper e Leo, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega: afinal, com um dragão de bronze fumegante como figura de proa, a fantástica criação de Leo não parece mesmo nada amigável. Annabeth só pode torcer para que os romanos vejam seu pretor Jason na embarcação, e compreendam que os visitantes do Acampamento Meio-Sangue estão ali em missão de paz. Os problemas de Annabeth não param por aí, ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. A guerreira já carrega nas costas o peso da profecia que mandará sete semideuses em busca das Portas da Morte. O que mais Atena poderia querer dela?

Título original: The Mark of Athena
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Tradução: Rodrigo Peixoto
Gênero: Fantasia
Nota: 5


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