Controle Remoto: Champions - Queria Estar Lendo

Controle Remoto: Champions

Publicado em 6 de ago. de 2018

Controle Remoto: Champions

Champions, série criada por Mindy Kalin e Charlie Grandy, estreou há pouco tempo na Netflix e já se provou ser o tipo de série que a gente maratona sem nem perceber - mas isso não é, sempre, uma coisa boa.

Champions conta a história de Vince, um cara "carismático" que tem uma academia, nenhum ambição e mora com o irmão mais novo, Matthew - que tem ainda menos ambição. E do outro lado tem Michael, um adolescente com sonhos de se tornar famoso, que acaba descobrindo ser filho de Vince.

Michael foi criado apenas pela mãe, Pryia (participação da Mindy Kaling na série), mas quando precisa de um lugar para ficar em NY para poder frequentar um ensino médio voltado para as artes, acaba encontrando o pai que nunca conheceu, e é a partir daí que a história começa a se desenrolar, a partir do momento em que Vince e Matthew acolhem Michael, o que provoca toda uma nova dinâmica na casa.


Controle Remoto: Champions

Confesso que eu não sabia se escrevia ou não sobre Champions aqui no Controle Remoto porque não sei exatamente como eu me sinto. Assisti a temporada completa em um dia, porque os episódios são curtos, assim como a temporada, e estava de bobeira no sofá - e não porque ela é tão empolgante que você não consegue parar de assistir.

Acho que teve alguns momentos bem legais, especialmente no que diz respeito a evolução do relacionamento de Michael com o pai e o tio, e as participações da Mindy foram ótimas, inclusive queria mais porque a Pryia é uma personagem ótima para comédia.

Mas se eu for bem sincera, eu não gosto da estereotipação do Michael. Ele é um garoto gay, e isso gera algumas situações para Vince, que apesar de não se aparentar se importar muito com a orientação sexual do filho, precisa ajustar algumas expectativas, e eu achei esse arco bem bacana e fugindo bem do usual. Nada maravilhoso, mas bastante OK. O que eu realmente não gostei é como Michael é um estereótipo do que se espera de um garoto gay, que não entende nada de esportes, adora musical, tem trejeitos afetados.


Controle Remoto: Champions

E eu SEI que existem gays assim, mas é um estereótipo muito usado na comédia e me incomodou um pouco ao longo dos episódios, era como ver um sitcom que teria sido produzido em 2012, não agora, e isso me decepcionou um pouco. 

Aliás, o Michael não foi o único estereótipo usado. A Ruby (personagem da Fortune Feimster) é uma mulher lésbica que se encaixa muito no estereótipo de "sapatão" e, embora a personagem guarde semelhanças com a comediante, eu não conseguia olhar aquilo e não pensar "nossa, uma lésbica masculinizada trabalhando em uma academia e se dando bem praticamente só com homens, uau". 

Não senti que, em nenhum dos casos, houve algo novo para desmanchar esses estereótipos. Apesar de serem bem normalizados dentro da história - a orientação sexual deles é estabelecida e pronto, sem grandes dramas em cima disso - não fogem do lugar tão, tão comum.


Controle Remoto: Champions

E não quero dizer que estou exagerando, porque acredito que meu incomodo é válido, porém não faço parte destas minorias, né, então deixo bem aberto para interpretações. Não vou deixar de indicar a série, que talvez seja uma pedida leve e divertida para alguém, mas deixo aqui minhas ressalvas.

A série está na primeira temporada, e não tenho certeza se vai ganhar uma segunda, baseada nas resenhas gringas que tenho visto, mas a temporada fecha de uma forma bacana e, caso venha a ser cancelada, pode ser encarada em uma temporada solo sem deixar nada a desejar no final.

7 comentários:

  1. Oie, tudo bem?
    Eu comecei a ver essa série, mas não curti muito o piloto, aí abandonei.
    Depois vi algumas notícias de que poderia ser cancelada aí nem voltei a ver mais... quem sabe quando nao tiver nada para ver, volto a assistir pelo menos para terminar a temporada
    Blog Entrelinhas

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  2. Olá, Bibs.
    Quando a gente está sem ter o que fazer essas séries assim curtas que a gente assiste numa sentada é uma ótima pedida. pena que não fugiram dos esteriótipos. É como você disse, se fosse uma série antiga a gente entendia, mas atual não dá.

    Prefácio

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  3. Oi Bibs
    Confesso que a serie nao faz muito meu perfil, mas pelo lado mais leve e engraçado, talvez eu de uma olhada. E otimo ter em maos quando o tedio bater.

    Abraços
    David
    https://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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  4. Oi, Bibs!
    Menina, me indicaram essa série também. Não curto essa de esteriotipação, mas eu amo esse ator que faz o Michael.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  5. Oi Bibs,
    Apesar de terem cancelado, eu quero assistir porque adoro a Mindy. E adorava a interação dela com o Anders, na série dela The Mindy Project.
    Uma pena esse lance dos esteriótipos. Acho que é por isso que muitas séries de comédia estão sendo canceladas atualmente, elas não se renovam.

    até mais,
    Nana - Canto Cultzíneo

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  6. Eu terminei a série hoje! Ela não me ganhou muito porque não gostei da forma como os personagens são interpretados mas como era curtinha acabei finalizando mesmo assim.
    Queria que a Mindy tivesse mais espaço também, ela tinha um personagem bem legal.
    Creio que não terá uma segunda temporada, apesar de agora ser original Netflix, mas pelo menos foi bem fechada.

    beijinhos
    She is a Bookaholic

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  7. Não comecei a ver a série ainda, mas pela resenha, acho que vou gostar. Estou assistindo a outras séries no Netflix, mas vou tentar encaixar mais essa para assisti.

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