Controle remoto: Brooklyn Nine-Nine

Levou um tempo pra eu me reencontrar nas séries - atrasei toda a minha grade e não consegui assistir NADA por meses - mas Brooklyn Nine-Nine, que estava na minha listinha de "preciso ver" acabou por salvar essa minha ressaca da melhor maneira possível. E o controle remoto de hoje é pra falar sobre ela!

Brooklyn Nine-Nine é uma comédia de tons satíricos extremamente bem desenvolvida. Foi ao ar em 2013 e, depois de ter rolado um desespero coletivo por causa do cancelamento, foi salva pelo canal NBC - onde arrasou em números de audiência e continua conquistando público. Atualmente está na sua sexta temporada, mas já tem uma sétima confirmada.

A história acompanha essa delegacia de polícia do Brooklyn e seus policiais em meio a investigações, resoluções de crimes e papelada. Tudo começa quando o novo comandante, Holt (Andre Braugher) assume a liderança da B-99; ele bate de frente com Jake Peralta (Andy Samberg) pelas personalidades opostas - ordem x baderna - mas acaba por se desenvolver uma relação de amizade muito boa ali.

Além de Peralta, a delegacia conta com outros detetives e oficiais interpretados extremamente bem construídos. Toda a atmosfera da série é baseada na galhofa e nas tiradas inteligentes; é o tipo de humor afiado que eu mais adoro, carregado em deboche e sarcasmo e muito bem utilizado através dos seus personagens.

Holt é o capitão mais maravilhoso e perfeito e eu amo esse homem e poderia morrer por ele. Peralta é o bagunceiro (mas não cai no esteriótipo de babaca, muito pelo contrário - DEUS ABENÇOE POR ISSO). Charles Boyle (Joe Lo Truglio) é o melhor amigo de Jake e meu deus do céu, pensa num palerma muito engraçado. Amy Santiago (Melissa Fumero) é a detetive dedicada e comedida com o trabalho que acaba se extrapolando por causa disso. Rosa Diaz (Stephanie Beatriz) é o olhar soturno e a postura badass e eu me jogaria no chão pra que ela pisasse em mim. Terry (Terry Crews) é um pai de família amedrontado, mas igualmente um profissional centrado e fortão. Gina (Chelsea Peretti), a secretária da delegacia, é a própria encarnação do "I don't give a shit" pra vida e eu AMO sua fala arrastada e seu deboche absurdo.

Eu não ria tanto com uma série há muito tempo. O roteiro é no ponto certo, os atores entregam as melhores performances e interações com sua equipe e eu me apaixonei por absolutamente TODOS os personagens. Não tem um que seja ruim ou mal escrito; todos são esteriótipos usados para deboche, mas de maneira inteligente.

E não só de humor se constrói a trama. Brooklyn Nine-Nine ainda abre espaço para falar sobre masculinidade tóxica, machismo, homofobia, racismo, sexismo e tantas outras problemáticas atuais - tudo isso através das vidas dos seus protagonistas.

A Netflix tem quatro temporadas disponíveis para assistir - a quinta deve entrar em breve. Se você não conhece, corra conhecer. São episódios curtinhos de 25 minutos (E CADA MINUTO VALE A PENA). Se conhece, me abraça e vamos surtar!