A elogiada minissérie era uma das minhas "must watch" de 2023, do tanto que falam sobre The Bear. Com oito episódios curtinhos, conta a história de um jovem e renomado chef de cozinha que herda do irmão mais velho um restaurante em situação crítica. E esse chef quer tentar reerguê-lo.
Carmen (Jeremy Allen White) era o chef de cozinha do melhor restaurante da face da Terra. Até que seu irmão mais velho cometeu suicídio, e deixou para ele, em herança, o restaurante do qual era dono. Um em que Carmen nunca havia colocado os pés por causa de uma relação complicada com o irmão.
Agora, além de precisar entender a situação lá dentro, da família que se construiu entre os funcionários que não parecem ansiosos para ver um novo comando no lugar, Carmen também precisa cuidar para que o restaurante não vá pelo brejo, com as dívidas financeiras e os problemas organizacionais deixados para trás.
The Bear faz valer todos os elogios que ouvi a respeito, e mais. É uma história frenética, quase desesperadora em alguns momentos; gira em torno dos seus personagens e do restaurante como um personagem, também.
Os oito episódios contam a jornada dessa tentativa de reerguer o que seu irmão deixou para ele. Ao mesmo tempo em que nos mostram mais sobre cada personagem dentro daquela cozinha, dando vida ao restaurante.
Não apenas Carmen, mas Sydney (Ayo Edebiri) - a sous chef recém-chegada que pega o barco em chamas e é corajosa e determinada o suficiente para não deixá-lo afundar - Marcus (Lionel Bryce) - até então estagnado, vê na carreira do Carmen e no conhecimento que ele traz uma chance de aprender uma coisa que ama - Richie (Ebon Moss-Bachrach) - melhor amigo do irmão de Carmen, é o turrão que não quer ver nada diferente no "seu" restaurante.
O elenco é magistral e competente em tudo. Eles dão vida aos personagens daquele jeito que ótimas atuações fazem: você acredita que está vendo o dia-a-dia dos funcionários desse estabelecimento.
Quase um Hell's Kitchen; só faltou o Jacquin aparecer ali pra gritar com eles.
Destaque para os atores que dão vida ao Carmen e à Sydney porque uau. A sintonia entre os personagens é ótima, as discussões acaloradas são abismais, e eu nem consigo explicar o que senti assistindo os momentos mais emocionantes de cada um deles. É de uma vivacidade que salta da tela.
Não que eles precisem, porque gritos e discussões acaloradas são constantes dentro da cozinha. Meu deus do céu, como essa série é boa em tirar o nosso fôlego. As sequências que precisam ser tensas são exageradamente tensas.
As cenas leves contrastam muito bem com o horror que outras apresentam. É só uma cozinha, mas é um campo de batalha também. O plano sequência do episódio 7, aliás, me deixou sem respirar durante os longos 17 minutos de duração que teve.
The Bear é excelente em tudo. Dramática no ponto certo, com uma pitada de desespero e correria para nos fazer passar pelo que os personagens estão passando, e com um peso esperançoso de que "ei, talvez tudo vá dar certo em algum momento, né? NÉ?".
Se você procura por uma série curtinha que fisga a sua atenção durante toda a duração dela, corre lá no Star+ e confere The Bear. Prometo que não vai se arrepender!
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