Resenha: Amor, teoricamente - Ali Hazelwood

Amor, teoricamente é o terceiro livro dessa série de cientistas apaixonadas que a Ali Hazelwood fez estourar no mercado literário. E é o melhor deles!

Mais histórias de amor para quem curtiu essa:

• Delilah Green não está nem aí, de Ashley Herring Blake
• Teto para Dois, de Beth O'Leary
• A Hipótese do Amor, de Ali Hazelwood
• Acorda pra vida, Chloe Brown, de Talia Hibbert

Elsie precisa urgentemente de um emprego bom. Seu cargo como professora adjunta mal paga as contas do apartamento e da sua diabetes. Unindo isso ao fato de a única grande oportunidade em seu futuro envolve impressionar cientistas experimentais - sendo ela uma grande teórica - o circo está montado.

Para piorar ainda mais, um dos responsáveis pelo projeto em que ela quer ser aprovada é ninguém mais ninguém menos do que Jack Smith. Irmão do seu namorado de mentira (para quem ela trabalha fingindo ser namorada - como eu disse: a coitada precisa de grana) e um dos grandes nomes experimentalistas. Um dos grandes inimigos dos teóricos.

Com a convivência, a tensão e a repressão entre os dois cresce e se torna faiscante. Pode resultar em uma grande história de amor, ou numa grande colisão catastrófica.

Amor, teoricamente é um livro tão bom. Mas tão bom! Que eu quase não tenho palavras pra falar sobre ele.

Pense na melhor comédia romântica que você já viu. É exatamente essa a vibe dessa história. Comédia e romance na medida certa, com uma pitada de hot e conflitos bastante interessantes.

Elsie e Jack são excelentes protagonistas. Digo mais: A Hipótese do Amor é o caralho. Isso aqui merece a atenção! Os holofotes! Hollywood!

Eu sempre fui tão precavida. Tão cuidadosa. E, quando tropecei, não esfolei um joelho apenas. Caí de cara no chão e quebrei todos os dentes.

A sarcástica autodepreciativa encontra o golden retriever debochado e você tem as melhores interações românticas em romcoms do tipo. Toda hora, as bicadas entre a Elsie e o Jack eram hilárias. Tiradas rápidas, bem inteligentes, e que funcionavam para criar tensão entre os dois - física, sexual, emocional, psicológica, humorística. Tudo.

O desenvolvimento da Elsie é maravilhoso por si só. Ela é uma personagem camaleão, que aprendeu a moldar sua personalidade de acordo com o que os outros querem dela. Assim, não corre o risco de rejeição. O problema é que ela não sabe mais se encontrar nisso tudo, e transformou as transformações em um escudo.

Meu nome, de novo. Dito como se o universo tivesse feito aquela palavra só para ele.

Para quebrar esse escudo, leva tempo. Não tem fórmula mágica. Só conversa e crescimento, que acontecem gradativamente com o passar dos capítulos.

Jack é um mistério. Mas um que a gente quer desvendar junto com a Elsie. Da pirraça ao entendimento e então encantamento, o relacionamento dos dois se desenvolve tão bem e é tão bonitinho. Tão baseado na confiança e na sinceridade (ainda que tenha um segredo ali entre eles que mova parte da trama). Eu me apaixonei pelo amor deles!

Amor, teoricamente faz bom uso do humor. E é genuinamente engraçado. Mais de uma vez, eu me vi gargalhando por causa da Elsie, que é uma palhaça natural. De comentários perspicazes a piadas de tiazona, tudo funciona bem demais. Não tem memes, não tem tentativa de fazer rir e causar aquela sensação cringe. Só funciona, sempre.

Como eu disse, Amor, teoricamente também tem hot. Se você procura histórias com um romance mais apimentado, vai gostar bastante do que vai encontrar aqui. Se, assim como eu, acaba rindo em cenas de sexo, também vai gostar muito do que vai encontrar aqui.

Ele é um cobertor terapêutico em forma de gente, e eu... Eu o odeio.

A tradução de Roberta Clapp tá muito boa. Com trocadilhos em momentos certos, referências e adaptações ao português que funcionam demais.

Amor, teoricamente se tornou a minha nova comédia romântica favorita. Tem garotas inteligentes, caras apaixonados e conflitos maduros na medida certa. Quando termina, deixa aquela vontade de voltar para a primeira página e viver todo o romance de novo.

Sinopse: Elsie Hannaway é uma física teórica que passou anos de sua vida moldando diferentes versões de si mesma. Em alguns dias, ela trabalha como professora adjunta, na esperança de conseguir um emprego melhor. Em outros, compensa seu ridículo salário oferecendo serviços de namorada de mentira, aproveitando sua habilidade de se adaptar exatamente ao que os outros querem dela. Apesar das dificuldades, ela consegue equilibrar bem seu cuidadoso “Elsie-verso”... até que ele começa a desabar. E o culpado é Jack Smith, o irritante e atraente irmão mais velho de seu cliente favorito, que acaba se revelando um importante físico experimental e um possível obstáculo para o emprego dos sonhos de Elsie. Ela está pronta para uma guerra declarada de sabotagens acadêmicas, mas não está nem um pouco preparada para aqueles olhares demorados e penetrantes. E logo ela percebe que não precisa fingir ser outra pessoa quando está com Jack. Será que ser atraída pela órbita de um cientista vai enfim fazê-la colocar em prática suas mais secretas teorias sobre o amor?

Título original: Love, Theoretically

Editora: Arqueiro

Autora: Ali Hazelwood

Tradução: Roberta Clapp

Gênero: Romance adulto

Nota: 5+

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