Scarlet é o segundo volume da série Crônicas Lunares, da autora Marissa Meyer. Depois dos surtos fangirl com Cinder, é óbvio que corri pra ler essa sequência!
Esta resenha contém spoilers do primeiro volume!
Cinder está presa, agora que sua real identidade foi revelada. Prestes a ser encaminhada para a corte lunar, uma vez que a rainha e o Imperador Kai fizeram um acordo - Cinder vive, contanto que seja levada até a lua. Quando lhe é estendida a oportunidade de fuga, a ciborgue não pensa duas vezes.
Junto a outro prisioneiro, um ex-militar rebelde com um senso de humor absurdo, Cinder se torna uma foragida, construindo todo um caos em cima do desaparecimento; a rainha Levana quer a garota de volta ou declarará guerra contra a Terra.
Do outro lado da história, somos apresentados a Scarlet; a garota do casaco vermelho mora com a avó em uma fazenda, mas a avó desapareceu há algumas semanas e os policiais estão dando o caso de busca como encerrado. Teimosa e determinada, Scarlet quer encontrá-la, e um lutador de rua misterioso chamado Lobo parece seu melhor guia para que isso aconteça.
Duas semanas. Duas semanas inteiras em que a avó estava por aí. Sozinha. Indefesa. Esquecida. Talvez... Talvez até morta. Talvez sequestrada e morta e deixada em alguma vala escura e úmida em algum lugar. E por quê? Por quê por quê por quê?
Em meio a intrigas políticas, fugas mirabolantes e o levante de uma guerra, Marissa Meyer nos entrega mais uma obra de tirar o fôlego do começo ao fim. A narrativa, antes sentenciada à Nova Pequim graças ao cotidiano de Cinder se expande descomunalmente.
Temos Scarlet na França e a ciborgue e o capitão em uma nave espacial, se escondendo daqueles que querem capturá-los. A história deles se entrelaça lentamente conforme descobrimos ligações sutis que já foram apresentadas no primeiro volume da série; o nome de uma personagem, o parentesco de outra, o que determinada pessoa fez por Cinder em seu passado misterioso.
Scarlet é um show de personagem. Diferente de Cinder, a sua coragem e determinação vêm do ímpeto teimoso que existe nela. Scarlet tem o tipo de personalidade que grita com dezenas de homens dentro de um bar.
Ela é a chapeuzinho vermelho, mas não está nem um pouco perdida na floresta, tampouco indefesa em sua inocência. As únicas semelhanças com o conto original são a vovó e o seu capuz vermelho. A vovó que, aliás, é tão badass quanto a neta. E uma personagem bastante importante na trama central da série de livros.
Lobo é o lutador de rua sombrio e quieto que cruza o caminho de Scarlet. Ele tem informações que podem ajudá-la a encontrar a avó. Existe qualquer coisa sutil entre eles, algo no olhar ferido do rapaz que levam Scarlet a confiar nele. Lobo é um personagem muito quebrado.
Ele balançou a cabeça de uma estranha maneira, como um cão, o cabelo voando, depois se agachou com as mãos enormes ao lado do corpo e olhou para Caçador com aquele sorriso peculiar. Scarlet apertou os dedos no zíper do moletom, se perguntando se esse tique tinha dado origem ao apelido de Lobo.
Ele tem a aparência feroz e leva o nome porque sim, ele é a nova versão do lobo mau, mas de mau ele tem absolutamente nada. É um filhote caído da mudança, isso sim. Tão solitário, sem saber nada do mundo, sofrido pela infância abusiva. O seu passado é de vital importância para explicar um ponto chave do livro e dos próximos que virão, e quando você descobre isso quer abraçá-lo ainda mais.
Scarlet é a alfa da relação, que fique bem claro. Eu adoro como o Lobo abaixa a cabeça diante de tudo o que ela fala e comanda, e não pensa duas vezes antes de obedecer a garota ruiva. A ligação entre eles é uma faísca que se torna uma explosão e você só quer que eles se beijem e se amem enquanto ainda podem, porque o clima na história começa a ficar mais e mais tenso conforme se aproximam de onde está a avó dela.
Cinder está em uma nova jornada agora. A ideia da liberdade com a qual ela tanto sonhou se torna uma lenda em sua mente, porque ela precisa sobreviver. A rainha Levana a está caçando e todos a querem de volta à prisão. Cinder não é uma criminosa, mas se esconde como se fosse, jamais cogitando a hipótese de realmente assumir a verdadeira identidade. Esse medo é bem forte e move muito a personagem em suas decisões, e é incrível como ela continua a mesma, ainda que esteja mudando conforme se afeiçoa às descobertas.
Tentando se equilibrar, ela ficou de pé e limpou o macacão.
- Com licença - disse Thorne. - Parece que você caiu na cela errada. Precisa de ajuda para voltar para a sua?
Ao lado dela, está o meu personagem favorito. Capitão Thorne - sim, tem que ter o capitão - é um fugitivo da República da América. Ele desertou do exército e foi capturado e feito prisioneiro por meses em Nova Pequim, até que Cinder caiu do seu teto e ofereceu uma chance de escape.
Sem fazer ideia de quem ela realmente é, Thorne oferece a sua nave e seus serviços para ajudar seus pescoços a saírem dali com vida. Ele é apenas a melhor pessoa. O humor, os trejeitos, o sorriso torto e aqueles comentários perspicazes que existem pra cutucar as pessoas próximas dele, eu amo cada cena com o Thorne. Amo tanto que fico sem palavras para expressar!
Thorne é o Han Solo. Ele tem um senso de honra com a nave dele e com ele mesmo e, com o tempo, para com a Cinder também. A missão de escape se torna uma missão de proteção e então de salvamento e de repente ele está dentro de uma intriga política sem nem saber porque diabos foi parar ali. No próximo volume da série, Thorne vai encontrar o seu ship e eu já tive alguns vislumbres de quem ela é - inclusive, vocês também terão, porque ela aparece no primeiro livro - e eu estou rolando no chão em antecipação pela fofura que vai ser!
O uivo do homem foi repetido por outro e mais outro, meia dúzia de gritos sendo repetidos em todas as direções para receber a lua que surgia no céu.
Além do quarteto, Kai tem seus belos capítulos de destaque. Ele está mais sombrio e solitário agora que é imperador, e mais desesperado pelas responsabilidades impostas a ele. Kai ainda é um garoto perdido em seu governo, sem saber como seguir os passos tão bem calculados do pai, mas tem apoio do conselheiro e o amor do seu povo, e toma todas as decisões, mesmo as mais arriscadas, depois de pesar o que será melhor para aquele mundo. Ele é tão herói, tão bebê, tão cheio de honra! Tem tanta honra que toma um caminho perigoso no fim do livro, mas o mais certo para garantir a paz na Terra.
Scarlet apresenta respostas a segredos bem guardados, entrega ao leitor novas teorias de conspiração e dá o ar do que a guerra guarda para a Terra e a Lua e para as pessoas em ambos os mundos. Constrói ships poderosos e personagens inesquecíveis, e te faz correr até a prateleira para pegar o terceiro volume da série, porque As Crônicas Lunares é uma das melhores coisas que vai existir na sua vida!
Sinopse: Depois de Cinder, estreia de sucesso de Marissa Meyer e primeiro volume da série As Crônicas Lunares, que chegou ao concorrido ranking dos mais vendidos do The New York Times, a autora está de volta com mais um conto de fadas futurista. Scarlet, segundo livro da saga, é inspirado em Chapeuzinho Vermelho e mostra o encontro da heroína ciborgue que dá nome ao romance anterior com uma jovem ruiva que está em busca da avó desaparecida. Em uma trama recheada de ação e aventura, com um toque de sensualidade e ficção científica, Marissa Meyer prende a atenção dos leitores e os deixa ansiosos pelos próximos volumes da série.
Título original: Scarlet
Autora: Marissa Meyer
Editora: Rocco
Gênero: Ficção científica | YA
Nota: 5
Pra você que gosta de releituras de contos de fadas, Trono de Vidro, da Sarah J. Maas, pode ser uma leitura leitura!
Olá, Denise.
ResponderExcluirO que dizer? Você me convenceu! Lerei essa série, sem dúvidas. A protagonista parece ser incrível e eu gostei bastante da premissa da obra.
Lerei, sem dúvidas.
Desbrava(dores) de livros - Participe do top comentarista de janeiro. Serão dois vencedores!
Ah Denise.
ResponderExcluirEssas suas resenhas são a minha morte.
Não estou conseguindo ler muito, pois estou lendo os livros da faculdade (chora) Quero tanto ler essa série ;-;
Já disse que amei a resenha? xD
Beijos,
Surtando com palavras
Oii Denise, tudo bom?
ResponderExcluirE que resenha foi essa, menina? Amei! Principalmente porque AMO a saga das Crônicas Lunares, sou apaixonada por todos os personagens. É provavelmente a única distopia que ponho a mão no fofo, haha.
Falou todo sobre o Lobo, sério, as vezes tinha até um pouco de pena dele pela forma como a Scarlet o tratava, mas não tem como não se apaixonar por esse lobo mal que não tem nada de mal.
E o Capitão Thorne! Um dos melhores personagens, e realmente muito apaixonante. E se você achou Scarlet tudo isso, só consigo imaginar o que vai falar sobre Cress, haha. Espero ver resenhna, viu?
http://estantedeumafangirl.blogspot.com.br/
Oi Denise,
ResponderExcluirQue resenha maravilhosa, só me deu mais vontade de ler o primeiro e essa maneira que a autora insere os personagens dos contos é incrível.
Essa vovó desse ser demais, o Lobo me parece um personagem interessante daqueles misteriosos. Adorei.
E to morrendo de rir com esse gif do Richard de Galavant, adoro ele HAHAHAHAHA
tenha uma ótima quinta. =D
Nana - Obsession Valley