Controle remoto: Duna - Queria Estar Lendo

Controle remoto: Duna

Publicado em 27 de nov. de 2021

Controle remoto: Duna

A primeira parte do épico de Dennis Villeneuve chegou à HBO Max, finalmente, e hoje o controle remoto é para falar sobre Duna.

Adaptação do clássico de ficção científica escrito por Frank Herbert, que serviu de inspiração para grandes obras da ficção como Star Wars e As Crônicas de Gelo e Fogo, Duna se passa em um futuro distante, onde o comércio de uma especiaria faz do planeta Arrakis um dos pontos mais importantes do império galáctico. E é lá que a Casa Atreides é enviada para comandar a extração e exportação - porém, essa mudança de comando em Arrakis tem, por trás dela, um jogo político perigoso. Um jogo que pode colocar a Casa Atreides em perigo.

O filho do Duque Atreides, Paul, está intrinsecamente conectado tanto à política quanto ao misticismo que guia essa história, porque ele pode ser o escolhido de uma antiga linhagem, alguém capaz de ver o futuro e alterá-lo de acordo com o seu poder.

Duna tinha me conquistado durante a leitura, com uma trama poderosa envolvendo intrigas políticas, a sede incessante de poder e um toque de fantasia; e a adaptação de Denis Villeneuve conseguiu trazer tudo isso para a tela de maneira bastante fiel.

Eu fiquei apaixonada pelo visual do filme, tanto em fidelidade ao que eu tinha absorvido do livro quanto pela criatividade e deslumbre dos cenários e dos aparatos tecnológicos. O figurino também. Tudo passa a sensação de futuro estranho, incerto. As naves são bizarras, os uniformes são estranhos, e combina com a distância de tempo entre a nossa realidade e essa ficção imaginada por Herbert - e traduzida pela equipe do Villanueve.

Duna envolve muitas tramoias e gira em torno, principalmente, do poder. Medo de perder o poder, temor por receber poder demais, o preço que se paga por se envolver nesse incessante jogo de gato e rato. Gostei de como o roteiro foi bastante fiel à tensão - e, pela duração do filme e pelo que ele escolheu explorar nessa primeira parte, também gostei de como ele teve tempo de conduzir a trama. Da mudança dos Atreides para Arrakis até a derrocada dos acontecimentos da metade do filme.

Controle remoto: Duna

O elenco está magnífico, com destaque para a Lady Jéssica da Rebecca Ferguson que simplesmente me devastou. Ela está mais emocional e menos gélida como no livro, e foi uma mudança bem-vinda para fazer a gente se importar ainda mais com a personagem. Ela é um dos pilares dessa história, afinal de contas. O Duque Leto do Oscar Isaac também encaixou como uma luva, com toda a pompa e a firmeza que o personagem passa, e com os momentos de leveza no olhar e na expressão.

Um que me surpreendeu foi o Duncan Idaho do Jason Momoa; no livro, eu tinha ficado meio indiferente a ele, mas aqui a história trabalhou muito mais sua ligação com o Paul e a fidalidade à Casa Atreides. Ficou mais heroico, mais impactante.

O Paul do Timothée cumpriu o papel dele, que é basicamente ser o protagonista. Não me cativou, mas eu não me importo muito com o personagem. Fez um bom trabalho, só não ganhou minha simpatia.

Controle remoto: Duna

Duna é um espetáculo visual, sonoro e narrativo. Eu me apaixonei pela adaptação e pela paixão que o diretor colocou em trazer essa história para o cinema (que, inclusive, deve ter sido uma experiência absurda de viver, pena que o COVID entrou no caminho - espero que não para a parte 2).

Se você gosta de ficção científica, Duna é uma obrigação na sua lista de filmes (e, quem sabe, de leituras). Se você gosta do livro, é impossível não cair de amores pela adaptação. Ela já está disponível lá na HBO Max, com um final que é um gancho perfeito para a segunda parte.


3 comentários:

  1. Oi Dê, eu estava com muita expectativas, mas depois diminuiu e agora estou com vontade de novo. Inclusive, preciso ler o livro rs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  2. Oie, eu jurava que seria a história completa, mas adorei essa primeira parte. Espero que a segunda chegue em breve.

    Bjs

    Imersão Literária

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  3. Oi Denise! Eu não consegui conferir no cinema, mas em casa vou ver sem falta. Por ser um filme grande, eu vou ver aos poucos e espero gostar muito. Não li a obra, vou ver sem saber o que esperar. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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