Controle Remoto: 2ª Temporada de Bridgerton - Queria Estar Lendo

Controle Remoto: 2ª Temporada de Bridgerton

Publicado em 28 de mar. de 2022

Controle Remoto: 2ª Temporada de Bridgerton

Bom dia para todo mundo, mas principalmente para Anthony e Kate que, durante esse fim de semana, roubaram o meu coração todinho. Hoje eu tô aqui pra falar sobre o que foi minha experiência com a segunda temporada da série Bridgerton, da Netflix.

E já começo esse controle remoto com uma deixa: não li os livros e nem pretendo. Tentei O Duque e Eu, não avancei na narrativa da Julia, deixei pra lá e segui só com a série mesmo. Vai continuar assim. Então essa é a minha experiência como expectadora com zero expectativas em cima de uma adaptação; eu assisti para ter bons momentos e foi o que ganhei. Bora!

A segunda temporada começa também com a aproximação de uma nova temporada de debutes na alta sociedade de Londres. Lady Whistledown está em silêncio desde suas últimas peripécias fofocando a respeito de Daphne, Simon e da rainha da Inglaterra, então tudo está em paz - até, é claro, ela voltar. Porque ela sempre volta.

Anthony Bridgerton precisa encontrar uma esposa, e ele colocou na própria cabeça que ela tem que ser perfeita, seguir todos os pré-requisitos que ele listou a fim de se tornar a futura Lady Bridgerton impecável. Coisa que começa a deixá-lo louco, porque nenhuma mulher parece perfeita o suficiente de acordo com sua lista absurda.

Eis que as irmãs Sharma chegam na cidade. Protegidas por Lady Danbury, elas são o momento - principalmente a caçula, Edwina, por quem sua irmã mais velha, Kate, tem grande estima e para quem tem grandes planos.

Edwina parece um alvo perfeito para a lista de Anthony, mas é Kate quem entra no seu radar emocional.

A partir daí, Bridgerton entrega a minha temporada favorita até agora. Tudo que eu tinha achado chato no casal principal da primeira temporada, Kate e Anthony mostraram como se faz realmente.

Eu sou uma grande fã de slowburn e de pouco contato físico em romances de época; cria de Orgulho e Preconceito, eu recebi tudo que pedi no desenrolar da história, especialmente em relação ao slowburn. Kate e Anthony fritavam a tela com química - palmas e oscars para os atores Jonathan Bailey e Simone Ashley que simplesmente inventaram a atuação romântica - e era impossível não querer se jogar da janela toda vez que eles se afastavam.

Controle Remoto: 2ª Temporada de Bridgerton

Eu gostei muito de como o roteiro lidou com os dramas; eram muitos, e eram deliciosos de acompanhar. Minha única ressalva é com um grande acontecimento que a série decidiu levar até quase o fim, e acabou tomando um tempo de tela com um drama que já tinha sido explorado e que podia ter sido melhor utilizado em outra cena.

De resto, eu morri e não passo bem. Era tanta cena boa, tanto surto; meu coração shipper perdeu uns compassos em muitos momentos em que olhares e sorrisos falaram mais do que muitos diálogos.

Kate, aliás, que espetáculo de personagem feminina! Sua dedicação à família, seus sacrifícios em prol do bem estar da irmã, seu amor pela liberdade e medo de vivê-la. Eu amei todos os traços, todos os momentos, toda a presença dessa mulher.

Sua relação com Edwina foi muito bonita. Me lembrou um pouco da vibe Angelica e Eliza Schyler, de Hamilton, com todos os sacrifícios que a mais velha faz pela felicidade da mais nova - mas sofrendo o tempo todo por isso. Edwina, diferente de uma opinião bem geral, me ganhou bastante; achei ela concisa em todos os momentos. Uma personagem feminina perfeita e ingênua tem o direito de ter seus rompantes de raiva e egoísmo quando quiser. E, na raiva, as pessoas falam coisas que não queriam dizer (se você entendeu, entendeu).

Bridgerton também volta a explorar as tramas paralelas - tanto dos outros irmãos, quanto de outras famílias. Nessa segunda parte, o destaque fica principalmente para Penelope; agora que sabemos a verdadeira identidade de Lady Whistledown, rola toda uma tensão durante a temporada toda de "será que ela finalmente vai ser pega?", ainda mais com a fúria e frustração da rainha da Inglaterra recaindo sobre a fofoqueira.

Controle Remoto: 2ª Temporada de Bridgerton

Os Bridgerton seguem uma família maravilhosa, crível e cheia de bom humor. A maior participação de Lady Bridgerton - ainda mais com a série explorando o passado da família, a perda trágica do pai e como eles seguiram em frente com as cicatrizes disso - rendeu diálogos emocionantes. Ela e o Anthony me fizeram chorar não uma, mas DUAS vezes.

Benedict volta a mostrar que é o caos encarnado e eu o amo por isso. Eloise segue uma adolescente inventora do quebrando o tabu, mas está divertida de acompanhar justamente por isso - ela até ganha espaço para alguns flertes no decorrer da temporada, agora que se tornou debutante. O único que me tirou do sério e eu não queria mais ver a cara era o Colin.

Eu entendo quem não curtiu ou quem esperava diferente por causa dos livros, mas, de minha parte - depois de saber o que acontece no livro através de algumas amigas - prefiro assim. O drama é bom, é diferente, consegue manter a atenção presa e a tensão lá em cima.

A segunda temporada de Bridgerton pode ter dividido opiniões, e pode ter tido uns pontos mais fracos, mas, para mim, entregou o suprassumo do hate to love com um romance lento e desesperadoramente lindo. Kate e Anthony, do começo ao fim, entregaram uma difícil, complicada e sensível história de amor.

E eu mal posso esperar pra ver o que teremos na próxima temporada!

7 comentários:

  1. Vou causar aqui, mas realmente fiquei decepcionada.
    Estava surtando e amando todas as interações (como você) até o final do episódio 4. Aí foi decepção atrás de decepção. Totalmente desnecessário criar rivalidade feminina gratuita, ainda entre irmãs!! Esse triângulo amoroso absurdo acabou comigo.
    Principalmente porque no livro Edwina e Anthony não chegam a ser de fato um casal em momento algum. Edwina é primeira a perceber que tem algo ali e fica super feliz pelos dois -principalmente porque aí ela vai poder ir atrás do que realmente quer sem ser preocupar com a necessidade de sustentar a mãe e a irmã.
    Kate e Anthony foi um dos casais que mais gostei. Ela se encaixa tão facilmente entre os Bridgertons que é como se estivesse vivido sempre com eles. Fora que esse livro é muito focado nas relações entre os próprios Bridgertons (ponto forte da Julia Quinn).
    Enfim, acredito que aceitaria até que bem todas as outras adaptações/alterações que fizeram já (Colin, Eloise, Penelope, etc), mas cagaram no pau com o desenvolver que fizeram aí.
    Enfim, opinião minha também. Sem muitas expectativas para o que vão fazer na próxima temporada.

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    1. Ai amiga te confessar que eu não vi rivalidade feminina ali? Até porque o tempo todo a Kate quer o melhor pra irmã, mesmo quando já se apaixonou pelo Anthony. A briga entre elas nem teve a ver com homem, teve a ver com a mentira - e isso é super válido, principalmente da parte da Edwina, porque ela foi manipulada. De maneira que a pessoa manipulando queria o melhor pra ela, porque só tinha conhecido o pior da vida? Sim, mas manipulada. E tanto ela quanto a Kate eu achei bem empático como o roteiro tratou os dramas. Só, como disse, achei que o casamento foi longe um pouco demais, podiam ter parado antes pra render um drama menos repetitivo.
      E do que eu soube de Anthony e Kate nos livros, não queria não KKKKKKKKKK muito repeteco da primeira temporada, não tenho mais paciência pra 'oh meu deus outro escândalo, vamos nos casar!!' eles só realmente ficaram juntos quando rolou a declaração de amor e foi 100% espontâneo e sincero, pra mim ship bom é isso (e podiam ter adiantado isso pro 7, pro 8 guardar um pouco mais espaço do casal como casal sim). De resto, eu tô completamente satisfeita.
      Mas entendo quem não curtiu! Da minha parte, eu não mudaria nada.

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  2. Oi!
    Também estou no time de quem não leu os livros (sei que o gênero romance de época não funciona tanto para mim), e para mim o maior pecado da temporada foi terem escolhido ir muito para a frente no "casamento errado". Eu gamei na química de milhões de Kate e Anthony, os atores inventaram a atuação romântica sim.

    Beijão
    https://deiumjeito.blogspot.com/

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  3. Olá, Denise.
    Eu gostei bastante da primeira temporada e estou assistindo essa. Por enquanto estou gostando. Como pouco lembro dos livros, acho que fica mais fácil gostar hehe. Mas uma coisa que lembro bem foi que não existia essa rivalidade das irmãs, que já vi o povo comentando, pelo contrário ela até torcia pela irmã. Mas se as mudanças fazem bem a série, eu aprovo.

    Prefácio

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  4. Oi Denise. Tudo bem?
    Eu não pretendo assistir a essa adaptação, justamente por amar tanto os livros e não querer sofrer decepções e perder o encanto. Acho super válido quem resolveu assistir e quem está gostando, mas já vi muitos comentários sobre as mudanças nas personalidades dos personagens e até mesmo em questões que são cruciais para a trama da série em geral. A gente sabe que adaptações raramente conseguem ser fiéis aos livros, mesmo porque é outra pegada, um outro público e tal, mas pelos trailers e comentários que vejo por aí, as mudanças estão sendo muito grandes.
    Beijinhos
    Beijinhos.

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  5. Oi Denise!! Obrigada por esse texto kkkkk eu só vi leitores reclamando porque queria tudo igual a série. E sei lá de onde tiraram triangulo sendo que o Anthony nunca quis a Edwina e a Kate abre mão dos sentimentos dela pra felicidade da irmã, o que não impossibilita uma rivalidade. Enfim, tenho a impressão de que quem não leu o livro tem uma visão mais aberta para série. E assim como vc, gostei. (mesmo tenho lido o livro rs)

    Bjs, Mi

    Na Nossa Estante

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  6. Ainda não vi essa temporada, mas quero muito ver! Parece ser incrível!

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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