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Dawnshard é a novela 3.5 dentro da série Stormlight Archive (no Brasil, Os Relatos da Guerra das Tempestades) e se passa entre Sacramentadora e Rhythm of War. Nela, acompanhamos um grupo de expedição partindo em uma viagem marítima para investigar uma ilha misteriosa que tem, de alguma maneira, interferido nos poderes dos Cavaleiros Radiantes que se aproximam dela.
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Esta resenha vai conter alguns spoilers dos três primeiros livros da série.
Rysn se envolveu em alguns dos acontecimentos da grande batalha de Thaylen City e agora tudo que ela quer é seguir sua vida. Ela ganhou um navio do seu mestre e planeja usá-lo para velejar por aí, ainda que sua relação com a capitã e com a tripulação não seja das melhores - e Rysn não saiba o motivo.
Quando uma oportunidade de viajar para águas turbulentas se apresenta, ela aceita. Um navio fantasma foi encontrado recentemente por outra tripulação e ele parece ter conexão com uma estranha ilha além de uma tempestade que nenhum Radiante consegue atravessar. A tempestade é estranha e a ilha tem alguma coisa nela que suga o poder de stormlight deles.
Rysn oferece seu navio por motivos pessoais. Chiri-Chiri, sua larkin, está fraca. E aparentemente a única maneira de salvá-la é levando-a até essa ilha. Do outro lado da moeda, Navani tem interesse em investigar a ilha porque acredita que tem um Oathgate esquecido lá. Para isso, ela envia dois Radiantes da Ponte Quatro (Huio e the Lopen).
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Dawnshard, assim como Edgedancer, é uma extensão dos grandes acontecimentos dos livros entre os quais eles se passam. Enquanto em Edgedancer conhecemos mais sobre uma cultura pouco explorada e aprendemos sobre a Lift, uma figurinha que tem grande importância no desenrolar da história de Sacramentadora, aqui entendemos mais sobre Rysn, Lopen e Huio e, principalmente, sobre uma força até então brevemente mencionada que parece ganhar muita importância na série e na cosmere.
A novela (cof cof de suas quase 300 páginas cof cof) é uma aventura com toques de horror corporal e suspense que me surpreenderam bastante. A viagem marítima, em equilíbrio com a exploração dessa ilha misteriosa e sinistra, é um sopro de ar fresco depois de muita política e guerra.
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Lopen e Rysn são os protagonistas que acompanhamos em Dawnshard, e é impossível não simpatizar com os dois logo de cara. Enquanto Lopen é aquele fanfarrão debochado que já conhecemos na Ponte Quatro, Rysn é centrada e racional, uma negociante com o cérebro a mil.
Um dos maiores perigos em alto mar é deixar a tripulação se afastar de você.
Os dois, também, são personagens PCD, e é muito legal acompanhar essa representação na alta fantasia. Lopen perdeu um braço e Rysn não tem o movimento das pernas por causa de um acidente no passado. Como personagens PCD convivem com o fantástico e com os percalços que, mesmo num mundo cheio de avanços e de poder místico, ainda existem. Foi uma representação muito bem feita e sensível, principalmente da Rysn, que conhecemos mais recentemente.
E o modo como o Brandon Sanderson coloca a fantasia para ajudar e também para mostrar que não há milagres, mas há melhorias e adaptações, é incrível. A relação da Rysn com a sua deficiência é uma montanha-russa de acontecimentos por causa da viagem e do que ela vivencia nela.
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Dawnshard se conecta a Sacramentadora por causa da questão dos Oathgates, mas traz um ponto muito mais importante quando fala sobre o próprio dawnshard. O que é, que mistérios guarda, o que vai representar para a série. São três pontos que aparecem na história e criam ainda mais perguntas.
Eu mencionei antes que tem horror corporal, né? Isso porque os "antagonistas" dessa aventura me pegaram de surpresa e me deram agonia pelo que eles são. É um horror corporal bem descrito e que causa um frio na espinha se você, assim como eu, tem agonia desse tipo de coisa.
Era, com certeza, um mausoléu. Mas ao invés de abrigar reis e nobres do tipo, abrigava todas as pessoas.
Dawnshard é um extra que se faz muito necessário para entender ainda mais da dimensão da cosmere e do que vem aí nela. Quando termina, deixa aquela pulga atrás da orelha com os mistérios que revelou e os arcos que fechou (em relação ao Huio e o Lopen, principalmente). E já te dá um empurrão em direção a Rhythm of War.
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