Ambientado nos anos 20 em uma sociedade que convive com o sobrenatural, Garras, da autora Lis Vilas Boas, é um dos títulos de romantasia lançados pela Editora Rocco. Se O Cravo e a Rosa fosse um romance paranormal, seria esse livro.
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Diana de Coeur precisa de um marido. Urgentemente. Tem a ver com o fato de todos os homens da sua família querem controlá-la e também porque ela querer se livrar de uma maldição - e de todos os homens da sua família. Para isso, ela vai até a sarjeta. Mais precisamente, até um bar na cidade baixa. E lá encontra uma matilha de lobisomens.
Edgar não quer ter nada a ver com a nata da sociedade, muito menos com uma mulher que fede a magia e a um perfume irresistível. Mas sua matilha vai de mal a pior, e ele precisa assegurar o futuro do estabelecimento que eles comandam. Diana tem muito dinheiro, e um acordo: um casamento arranjado entre os dois.
O que começa com picuinhas e a sensação de que inimigos naturais estão convivendo logo se torna uma atração imprevisível unida ao perigo que a existência de Diana carrega.
Garras é um romance paranormal carismático, do tipo que te fisga do início ao fim. Com uma escrita irreverente e cativante, a autora nos leva até o Rio de Janeiro dos anos 20. Um Rio de Janeiro, pelo menos, porque essa realidade convive com o sobrenatural desde que o Brasil foi invadido.
Eu gostei bastante da ambientação. A sensação dos anos 20, passada através das roupas, dos trejeitos, das falas, foi bem divertido de acompanhar. Como eu disse lá em cima: se O Cravo e a Rosa fosse um livro e tivesse lobisomens e vampiros, seria Garras.
A vibe que essa leitura passa é de uma novela bem picante. Tem personagens irreverentes, os núcleos mais divertidos e os mais dramáticos, tem um casal que vai da picuinha ao amor (com um tempero de inimizade no meio). É tudo bom demais pra quem gosta de uma farofa sobrenatural, como eu!
Diana e Edgar foram protagonistas maravilhosos. Desde a primeira cena, a Diana se impõe e não baixa a cabeça. É um bom exemplo de personagem feminina segura de si, que esconde as fragilidades e fraquezas porque foi obrigada a fazer isso a vida toda. Quando ela finalmente se expõe, é porque se sente segura.
Edgar, por outro lado, é divertido por ser aquele personagem turrão e parrudo que na verdade é um cachorrinho esperando por um afago. O quanto ele cadela pela Diana é impressionante, e é excepcional de acompanhar.
Se eu tenho uma crítica, é que eu queria um pouco mais do slow burn. Eu sei que os dois queriam se comer desde que se viram, mas queria que o banho maria tivesse durado um pouco mais na atração e no tesão entre eles.
Garras é um romance paranormal e, como tal, ele tem suas doses de sexo. É bem descritivo também porque é um livro adulto! Tem sangue, vísceras e hot para todos os lados.
Ele me lembrou bastante a vibe que eu senti enquanto lia Os Senhores do Submundo. Tem bom humor, tem um leque de coadjuvantes muito simpáticos, e tem um casal protagonistas que é bom demais de acompanhar.
O tempo todo! Eu nunca me cansava das birras entre a Diana e o Edgar, e foi gostosinho demais acompanhar o florescer do amor entre eles.
É um livro único, com um fim bem fechadinho, mas tive a sensação de que haveria outras histórias para contar - especialmente com o Heitor e o ship dele. A edição da Rocco ficou muito bonita e confortável de ler, com uma revisão excelente.
Garras me fisgou logo nos primeiros capítulos e, tal qual uma ótima novela, me manteve entretida com seu romance arrebatador até o fim.
Sinopse: Diana de Coeur tem cheiro de magia, perfume caro e problemas. Desde o momento em que ela entra no bar de Edgar, carregando uma mala de dinheiro e procurando um casamento de conveniência, o lobisomem sabe que a coisa mais esperta a fazer é manter distância. Então por que se vê chegando cada vez mais perto? Edgar Lacarez é o partido perfeito, disso Diana tem certeza. Impiedoso o suficiente para dar conta de seus inimigos, é inteligente nos negócios e imune a maldições, talvez até o bastante para livrá-la das que ela carrega. O fato de ser tão atraente é apenas um bônus. Diana é uma bruxa da alta sociedade e Edgar, um lobo da sarjeta, mas por dentro os dois são mais parecidos do que poderiam imaginar: brutais, ambiciosos e dispostos a tudo para alcançar seus objetivos. Vingança, armas e dinheiro são os termos do contrato, nada mais. Só que, às vezes, quando o amor decide entrar na brincadeira... é difícil se livrar de suas garras.
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