Resenha: Última Parada - Casey McQuiston - Queria Estar Lendo

Resenha: Última Parada - Casey McQuiston

Publicado em 31 de jan. de 2022

Resenha: Última Parada - Casey McQuiston

Última Parada é o novo romance new adult de Casey McQuiston, que escreveu Vermelho, Branco e Sangue Azul. Lançado aqui pela Editora Seguinte, essa história envolve viagem no tempo e um amor sáfico que vai aquecer o coração de todo mundo.

Se você curte histórias de amor como essa, conheça:

Na trama, August se mudou recentemente para Nova York pela faculdade e pela solidão. Ela encontra um quarto num apartamento com colegas cheios de energia e de espírito, e consegue um emprego na Casa de Panquecas de Billy Panqueca - com a ajuda de uma das garotas do apartamento.

Tudo vai bem, dentro da sua zona de conforto, até que August esbarra, literalmente, em uma moça no metrô. Na linha Q, ela conhece Jane. Na linha Q, ela descobre que Jane é uma viajante do tempo. Na linha Q, ela decide que vai ajudá-la. E, na linha Q, vai nascer uma história de amor.

Mais de oito milhões de pessoas em Nova York e apenas uma Garota do Metrô, perdida tão facilmente quanto foi achada.

Última Parada é uma história de amor sobre todos os tipos de amor. É um ode a Nova York barulhenta, caótica e confusa, e também a Nova York cheia de vida, de pessoas, de diversidade e de alegria. É um ode à cultura queer e à maneira com que diferentes pessoas se encontram e formam uma família porque se entendem como mais ninguém.

Última Parada é um livro querido. Do tipo que te faz sorrir e chorar porque você se apaixona pelo romance, pela amizade, pela família encontrada, pela maneira doce e irreverente com que Casey narra essa história.

Resenha: Última Parada - Casey McQuiston

Diferente de Vermelho, Branco e Sangue Azul, nem mesmo os capítulos gigantescos foram um problema para mim. Última Parada fluiu ainda mais, como uma linha de metrô. A história tem seus solavancos, suas paradas, suas voltas, e seu ponto final.

A jornada da August é muito sobre entender quem ela é longe da solidão. August viveu toda a sua vida sozinha. Sua mãe passava o tempo todo investigando o sumiço do irmão, e cabia a August ajudar onde podia - o que tornou ela uma especialista em descobrir coisas - e aguentar firme no resto do tempo. Criou uma camada de amargura e de frieza que a gente vê nitidamente nos primeiros capítulos.

Mas Nova York, as pessoas ao seu redor, e a Garota do Metrô quebram isso, aos poucos. E August, principalmente, se livra disso, com o decorrer da trama.

Essa menina poderia esta carregando um gramofone na bolsa todos os dias, e ainda assim August se jogaria no meio da Quinta Avenida por ela.

Ela foi uma protagonista querida, mesmo em sua amargura, porque era real. Eu me identifiquei com muitos sentimentos da August. Essa perdição de estar na vida adulta sem saber o que quer fazer dela, essa vontade de sair da zona de conforto sem a coragem para tal coisa, essa ânsia de se encontrar e não admitir que está perdida.

Quando está com os novos amigos, e com Jane, e com essa nova vida em Nova York, August desabrocha e se torna a melhor versão dela mesma.

Jane, diferente dela, é pura energia desde a primeira cena. Conhecemos essa misteriosa viajante do tempo conforme August se aproxima dela. Nos apaixonamos por Jane junto com ela. Sério, é impossível não se apaixonar.

Jane veio dos anos 70, e não conhece o novo mundo fora dos trilhos do metrô. É com August que ela passa a conhecer. Enquanto investigam um jeito de tirá-la desse loop temporal, Jane se aproxima do mundo através da August; dos seus relatos, músicas, histórias.

O amor que nasce entre elas é calmo e explosivo. É uma faísca que se acende e de repente pega fogo. O jeito com que o livro constrói essa relação é muito queridinho; trabalha os flertes e a atração e a sensação desesperadora de que uma quer a outra sem estragar o slowburn desse amor recente nascendo.

Lembrando que Última Parada é um livro NA, para o público adulto, e tem muitas cenas de sexo! É indicado para maiores de 16 anos.

Além do romance impossível entre a garota das panquecas e a viajante do tempo, temos também um leque irresistível de personagens coadjuvantes. Niko, Myla, Wes, Isaiah. Drag queens que enchem as páginas de música e referências e bom humor afiado. Niko e Myla e seu relacionamento querido cheio de demonstrações de amor do mais puro possível, e sua mentes brilhantes guiando cada um deles para um surto novo todo dia. Wes e sua barreira emocional protetora que o mantém distante daquele por quem está obviamente apaixonado.

Ali estão Jane e August. Dois pares de tênis em um pedaço de metal. Duas garotas no meio de um furacão, cortando a linha em alta velocidade. Ela está olhando para Jane, e Jane está olhando para ela.

Como eu disse, Última Parada é um ode ao amor. Todos os tipos de amor. A história fala sobre se amar, sobre amar o mundo, sobre amar quem te ama. Fala sobre amar uma cidade, uma Casa de Panquecas, uma linha de metrô, uma garota dos anos 70 perdida numa linha de metrô.

A narrativa também é muito engraçada. Não apenas pelas referências que são perfeitamente encaixadas e não enchem as páginas em excesso, mas também porque o jeito com que August e seus companheiros de aventura reagem ao mundo é hilária. Seja autodepreciarão, seja sarcasmo, seja respostas afiadas. É genuinamente engraçado.

Resenha: Última Parada - Casey McQuiston

A edição da Seguinte é primorosa, e meu deus a tradução feita por Guilherme Miranda ficou um ESPETÁCULO! Palmas e mais palmas pras adaptações dos nomes das drag queens, uma mais hilária e criativa que a outra.

Última Parada é um livro que eu vou guardar no coração - mas não vou guardar demais, porque quero que ele ganhe o mundo e todo mundo. Essa é uma história de amor pela qual vale muito a pena se apaixonar.

Sinopse: Aos vinte e três anos, August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir apartamento com as pessoas mais excêntricas ― e encantadoras ― que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve ao lado da mãe. Até que Jane aparece. No vagão do metrô, em um dia que tinha tudo para ser um fracasso, August dá de cara com uma garota de jaqueta de couro e jeans rasgado sorrindo para ela. As duas passam a se encontrar o tempo todo e logo se envolvem, mas há um pequeno detalhe: Jane pertence, na verdade, aos anos 1970 e está perdida no tempo ― mais especificamente naquela linha de metrô, de onde nunca consegue sair. August fará de tudo para ajudá-la, mas para isso terá que confrontar o próprio passado ― e, de uma vez por todas, começar a acreditar que o impossível às vezes pode se tornar realidade.

Título original: One Last Stop
Quem escreveu: Casey McQuiston
Editora: Seguinte
Tradução: Guilherme Miranda
Gênero: Romance | NA
Nota: 5


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