Helen de Wyndhorn chega ao Brasil em uma edição especial da Editora Suma, que nos cedeu este exemplar em cortesia. A história acompanha uma garota que, órfã do pai, outrora um escritor de fantasia, se muda até a Mansão Wyndhorn sob a tutela do avô.
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Quando Lilith é encarregada de levar Helen até a Mansão Wyndhorn, não imaginava encontrar uma garota tão desmantelada e despreocupada com tudo. Helen herdou do pai o vício pela bebida e as poucas farpas na língua; o que não é muito adequado para uma dama. Não que Helen se importe.
Sob a tutoria de Lilith, ela deveria estudar e aprender bons modos. Mas, na mansão, quando finalmente conhece o seu avô, Helen descobre um novo mundo escondido além da propriedade; o Outro Mundo, como ela descobre se chamar, oferece aventuras que parecem ter saído dos livros de seu pai.
Helen de Wyndhorn é uma história em quadrinho curiosa e fascinante, que mescla o fantástico com temáticas que conversam sobre luto e abandono. Através de narração e diálogos instigantes, e das ilustrações belíssimas, a história nos move junto à tutora Lilith enquanto ela navega nessa enlouquecedora e surpreendente trama que é a vida de Helen - e do avô, consequentemente.
É um quadrinho para ler bem rápido, que te oferece uma distinta história de aventura e família. Começa com uma garota quebrada e a leva através de caminhos de crescimento e superação de maneira bastante inesperada.
O texto de Tom King é interessante, mas o que prende mesmo são as ilustrações de Bilquis Evelyn, coloridas por Matheus Lopes. São de encher os olhos; tão lindas que podiam estar em um museu. Elas criam esse universo esquisito e fantasioso que existe além da Mansão Wyndhorn. Digo com propriedade que é facilmente uma das obras mais bonitas que eu já li na vida.
Em muito me lembrou as histórias de Conan, o Bárbaro (principalmente o avô da Helen), aquele tipo de fantasia estranha que fascina e encanta justamente por ser estranha. Tem seus bons momentos de ação, coloca a Helen em posição de questionar ser subjugada ao que esperam dela, e oferece um encerramento satisfatório para a trama principal.
Se eu tenho uma crítica, é que o começo pareceu um pouco arrastado demais. Entendo que foi a construção do cenário, até mesmo para a Lilith (que pareceu representar a perdição do leitor), mas demorei um pouquinho a mais para me firmar na leitura por causa dele.
Gostei de como inseriram a "história sendo passada através de gerações", parecendo perder a força com os anos, mas sempre existindo, independentemente de quem a contasse ou soubesse que existia. Com uma ótima tradução de Angélica Andrade, Helen de Wyndhorn é um quadrinho que prende sua atenção até o final.
Sinopse: Lilith Appleton cuidou da educação de Helen Cole por boa parte da juventude da garota. Ela conheceu a menina quando o pai, C.K. Cole, morreu em circunstâncias trágicas. Seu primeiro encontro com Helen é desafiador: ela resgata a garota da prisão e logo percebe que a rebeldia e o descaso de sua protegida são sintomas de algo mais profundo. Vivendo em Wyndhorn, a propriedade da família Cole, as duas se aproximam, e Lilith ganha a confiança de Helen. Assim, a jovem passa a relatar à tutora as aventuras estranhas que vive na companhia do avô, Barnabas, um homem instigante e ausente. Partindo do relato de Lilith, a trama de Helen de Wyndhorn vai se revelando aos poucos, por meio de fragmentos do passado: pelo depoimento da preceptora, pelas memórias do jornalista e biógrafo de C.K. Cole, pelas relíquias remanescentes da história do escritor tão célebre quanto enigmático e de sua família misteriosa. Uma história sobre família, legado e pertencimento, Helen de Wyndhorn combina elementos de fantasia épica, gótico e magia em uma narrativa envolvente e delicada, que ganha vida nas ilustrações deslumbrantes de Bilquis Evely.
Título: Helen of Wyndhorn
Autores: Tom King, Bilquis Evelyn, Matheus Lopes
Editora: Suma
Tradução: Angélica Andrade
Gênero: Fantasia | HQ
Nota: 4
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