A primeira temporada de The Last of Us chegou ao fim. Consagrou a série como uma das melhores e mais fieis adaptações de videogames dos últimos tempos, e a mais bem avaliada e assistida. Mas não é o fim! Ainda há história para contar, e hoje eu trago um post pra preparar vocês com o que esperar da segunda temporada de The Last of Us.
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Não, esse post não vai ter grandes spoilers do futuro da série. Eu vou fazer outro post resumindo o segundo jogo, assim como fiz com o primeiro, contando tudo que acontece nele tim-tim por tim-tim. Aí você lê por conta e risco. Esse post é pra comentar um pouco sobre minhas expectativas de adaptação, e dos rumos que a série vai tomar.
The Last of Us Parte II acontece cinco anos depois do fim do primeiro jogo. Ellie tem dezenove anos quando chegamos à segunda parte dessa história. Joel já está com sessenta e um. Eles estão morando em Jackson City junto com o Tommy, a Maria, e construíram uma vida serena por ali.
Mas a paz dura pouco no apocalipse, porque tem um grupo estranho rondando a região. Eles só não sabem disso ainda.
Onde a primeira temporada de The Last of Us é uma história sobre a busca da esperança, uma história sobre recomeços, segundas chances para pessoas quebradas por um apocalipse terrível, a parte II vai ser brutal. Sim, se você achou a primeira temporada de TLOU pesada, pode encomendar um monte de chá calmante pra se preparar.
Porque The Last of Us Parte II é uma história de vingança. É o ciclo da retribuição do começo ao fim, e intercala esse horror com o peso das fases do luto. É brilhantemente construído, mas é brutal. Pesado.
Foi com TLOU Parte II que eu tive um ataque de pânico durante certa parte da gameplay. E sim, eu tenho uma tatuagem em amor ao jogo. Gosto de sofrer.
O que esperar da segunda temporada de The Last of Us
Apesar do salto temporal, eu não sei se eles vão apelar pra isso imediatamente. Porque o segundo jogo tem muitos flashbacks, e muitos pontos em branco que podem ser preenchidos pela série. A gente acompanha os anos se passando através de flashbacks da Ellie em momentos chave com o Joel, mas nunca vemos, de fato, grandes momentos acontecendo. Tem Jackson para desenvolver, Tommy e Maria, coadjuvantes que vão se tornar importantes futuramente. O próprio Joel, e a Ellie também, individualmente.
Porque apesar dessa construção de pai e filha que ficou forte da primeira temporada, tem um segredo pesadíssimo entre eles. Joel escondeu a verdade da Ellie, e jurou que estava sendo sincero. E ela acreditou. Mas até que ponto?
Não apenas eles, mas a segunda temporada da série tem que introduzir outra protagonista: Abby.
E já fica aqui o aviso: nesta casa nós amamos e entendemos tudo que a Abby faz. Não defendemos, porque todo mundo comete erros. Mas a amamos mesmo assim.
Eu não vou falar muito a respeito porque tudo dela é spoiler. Mas ela é uma protagonista, a gente joga com ela no segundo jogo, e ela é a minha personagem favorita dessa joça toda. Eu disse o que disse, sim.
Enfim, a Abby é muito importante também. E a história dela está diretamente conectada à dos Vagalumes, e depois com um grupo grande paramilitar que protege um lugar seguro chamado W.L.F. (Washington Liberation Front).
Na jogabilidade, funciona usar o choque e a surpresa em favor dessa personagem misteriosa. Mas a série precisa mostrar quem ela é e construir a jornada dela em paralelo com a da Ellie e do Joel, pra que a história faça sentido quando se cruzar.
Na minha humilde opinião, a segunda temporada de The Last of Us tem dois caminhos:
- ou vai ser muito fiel de novo, e vai trabalhar a questão das reviravoltas como o jogo fez (o que eu acho um pouco arriscado, depois da narrativa linear que teve na primeira temporada)
- ou vai seguir cronologicamente, preenchendo as lacunas dos flashbacks.
Talvez não tão cronologicamente, mas questão de um ano antes dos acontecimentos do segundo jogo. Ou alguns meses antes. Já coloca a gente numa posição complicada e tensa em relação à Ellie e a tudo que vai acontecer.
E seria épico se eles terminassem a segunda temporada (porque, convenhamos, a série fez audiência e sucesso suficiente pra garantir quantas temporadas a HBO e os produtores quiserem) com AQUELA MORTE. Pensa num cliffhanger terrível pra um fim de temporada, uma coisa Ned Stark ou Casamento Vermelho só que sem ser o penúltimo. Acabando ali mesmo.
Tô muito ansiosa pra ver como eles vão trabalhar todo o ponto de vista da Abby nessa história, porque eu acho a personagem interessante e carismática demais. Tô torcendo muito por tudo de melhor que eles tiverem pra desenvolver do lado dela.
Em Jackson, espero que usem aquele easter egg da Dina pra introduzir a personagem e nos dar a maior parte de tempo possível dela em tela. O Jesse também! E queria ver mais do Tommy e da Maria, já que o plot da gravidez dela não existe no jogo - então esses cinco anos podem significar muito pra trama do Tommy.
No fim das contas, o que esperar da segunda temporada de The Last of Us: dor, sofrimento, gritos esgoelados, corações partidos, e a certeza de que ninguém aqui quer jogar golfe (se você entendeu, entendeu).
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